da Redação

Dados da Caixa Econômica Federal sobre o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) permitem estimar em R$ 13,20 bilhões o total de salários pagos todo mês no país pelo setor privado.
Em outubro a arrecadação alcançou R$ 1,056 bilhão (já descontadas as multas rescisórias), número que vem se mantendo estável desde 97. Como o FGTS corresponde a 8% do salário, chega-se à estimativa da massa salarial.
No final do ano a arrecadação cresce bastante (ver quadro ao lado) porque o pagamento do 13º concentra-se nessa época.
Os saltos ocorrem em dezembro e janeiro, referentes a salários pagos nos dois meses anteriores.
Se o comportamento da arrecadação repetir agora o do final do ano passado, a massa salarial paga por empresas que recolhem o FGTS passará da média de R$ 13,20 bilhões para R$ 15,60 bilhões e R$ 17,80 bilhões. Seriam R$ 7 bilhões a mais, só nas empresas que recolhem FGTS.
Considerando o pagamento do 13º a aposentados do INSS e aos servidores públicos da União, de governos estaduais e municipais, é possível estimar em R$ 20 bilhões a injeção de dinheiro que a economia receberá.
O Dieese divulgou recentemente sua estimativa para o impacto do 13º na economia.
A entidade seguiu caminho diferente e chegou a um montante parecido. Trabalhou com dados do IBGE, da Seade e do INSS.
Lembrando as dificuldades nesse tipo de cálculo, o Dieese chegou ao montante de R$ 21,50 bilhões: R$ 4,73 bilhões de aposentados do INSS e R$ 16,77 bilhões de assalariados em geral. O total seria 3,5% inferior ao do ano passado.
A projeção do Dieese é que 49,1 milhões de pessoas receberão 13º neste final de ano. Desse total, 18,79 milhões são do INSS.
Claudio Felisoni, coordenador do Provar (Programa de Administração de Varejo), da Universidade de São Pauo, diz não ter dados sobre o montante pago a título de 13º. Mas ele avalia como bem razoáveis as estimativas em torno de R$ 20 bilhões.
(GABRIEL J. DE CARVALHO)


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