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Outros setores estão
na mira dos fiscais
da Reportagem Local
A blitz da Receita Federal em
São Paulo para combater a sonegação de impostos começou a ser
feita mais intensamente, por setor, neste ano. Na mira do fisco
paulista estão também as empresas têxteis, de brinquedos, de comércio exterior e de bebidas.
De janeiro a outubro deste ano,
a Receita efetuou fiscalização em
153 empresas da área de bebidas.
Os créditos fiscais exigidos desse
grupo totalizaram R$ 341,28 milhões. A evasão fiscal dos outros
setores não foi detalhada.
"Mas já sabemos que as empresas do setor têxtil, especialmente
as que importam, apresentaram
as maiores irregularidades. Entre
30% e 40% do que elas faturaram
deixou de ser declarado. Há casos
que chegam a 50%", afirma Flávio
Del Comuni, da Receita.
As ações do fisco paulista por
setor estão sendo mais eficazes,
diz, pois é mais fácil identificar irregularidades no pagamento de
tributos com comparações entre
as empresas. "Por que uma empresa média, por exemplo, paga
mais imposto do que uma maior
do mesmo ramo de atividade?"
Nos cálculos de Del Comuni, o
combate à sonegação por setor
pode resultar na entrada de R$ 2
bilhões a mais na arrecadação do
Estado neste ano. A previsão da
Receita é arrecadar no Estado de
São Paulo cerca de R$ 67 bilhões
neste ano. A previsão nacional é
alcançar R$ 129,7 bilhões.
"Não vamos parar. Vamos intensificar a fiscalização no setor
de bebidas (alcoólicas e não-alcoólicas), distribuidoras de combustíveis e financeiro."
Segundo a Receita, de janeiro a
outubro deste ano as ações de fiscalização no Estado somaram
créditos tributários (tributos devidos, mais juros e multa) de R$
12,33 bilhões. Esse valor, segundo
Del Comuni,é 190% maior do que
o de igual período de 1998.
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