São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Central pede voto no aeroporto até a Eduardo Jorge

SANDRO LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na tentativa de convencer os deputados que desembarcaram ontem pela manhã no aeroporto de Brasília a votar contra as mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), manifestantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) pediram votos até para quem não era deputado. Foi o caso do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge.
Enquanto ia para o carro, os manifestantes o seguiram gritando palavras de ordem como "deputado que votar, vamos denunciar", se referindo às listas que os sindicatos pretendem divulgar com os nomes de quem votar pela flexibilização da CLT.
EJ parou e começou a discutir com Wilson Vieira, membro do sindicato dos metalúrgicos do ABC. "Eu nunca pedi voto para ninguém", disse. Vieira respondeu: "Mentira, eu sempre vejo o senhor na televisão". Depois da breve discussão, EJ entrou rapidamente no carro sem falar com ninguém.
Questionado se sabia com quem discutiu, Vieira disse que "deve ser um deputado ou senador pois eu já vi na TV Senado". Após saber quem abordara minutos antes, Vieira comentou: "É tudo a mesma coisa".

Flores
Os manifestantes da CUT formaram um corredor em frente ao portão de desembarque. Os congressistas que chegavam eram recebidos com palavras de ordem, ganhavam flores e um pedido para votar contra a flexibilização da CLT.
Deputados da oposição eram aplaudidos, e os da base governista assediados com faixas, bandeiras e adesivos dos sindicatos. O líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), saiu por uma entrada lateral para evitar os manifestantes.


Texto Anterior: Deputado atira Carta de 88 na testa de colega
Próximo Texto: "Nova CLT" reduzirá receita, diz professor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.