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Central pede voto
no aeroporto até
a Eduardo Jorge
SANDRO LIMA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na tentativa de convencer os deputados que desembarcaram ontem pela manhã no aeroporto de
Brasília a votar contra as mudanças na CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho), manifestantes
da CUT (Central Única dos Trabalhadores) pediram votos até
para quem não era deputado. Foi
o caso do ex-secretário-geral da
Presidência Eduardo Jorge.
Enquanto ia para o carro, os
manifestantes o seguiram gritando palavras de ordem como "deputado que votar, vamos denunciar", se referindo às listas que os
sindicatos pretendem divulgar
com os nomes de quem votar pela
flexibilização da CLT.
EJ parou e começou a discutir
com Wilson Vieira, membro do
sindicato dos metalúrgicos do
ABC. "Eu nunca pedi voto para
ninguém", disse. Vieira respondeu: "Mentira, eu sempre vejo o
senhor na televisão". Depois da
breve discussão, EJ entrou rapidamente no carro sem falar com
ninguém.
Questionado se sabia com
quem discutiu, Vieira disse que
"deve ser um deputado ou senador pois eu já vi na TV Senado".
Após saber quem abordara minutos antes, Vieira comentou: "É tudo a mesma coisa".
Flores
Os manifestantes da CUT formaram um corredor em frente ao
portão de desembarque. Os congressistas que chegavam eram recebidos com palavras de ordem,
ganhavam flores e um pedido para votar contra a flexibilização da
CLT.
Deputados da oposição eram
aplaudidos, e os da base governista assediados com faixas, bandeiras e adesivos dos sindicatos. O líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), saiu por uma entrada lateral
para evitar os manifestantes.
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