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CLT contribuiu para modernizar economia do país
DIEGO VIANA
DA REDAÇÃO
A CLT foi um dos eixos da mudança que o Brasil vinha sofrendo
desde a revolução de 1930. Sinalizou uma virada fundamental na
história do país, que deixava de
ser uma economia agrícola para
se tornar cada vez mais industrial.
Decretada em 1º de maio de
1943, a CLT entrou em vigor em
novembro daquele ano. Em pleno
Estado Novo, momento do primeiro governo de Getúlio Vargas
(1930-1945), em que o Congresso
foi dissolvido, não houve votação
que aprovasse o projeto.
A consolidação das leis trabalhistas era uma necessidade do
governo Vargas, populista e dependente da aclamação popular.
Nesse período foi criado o Ministério do Trabalho, e a maioria das
leis trabalhistas nasceu após 1930,
quando triunfou a revolução que
levou Vargas ao poder. O sindicalismo crescia sob as asas do governo e foram feitas muitas leis para
regulamentar o trabalho.
Mas esse movimento era mais
um reflexo da mobilização popular do que um esforço legislativo,
e isso fazia com que, às vezes, as
leis se chocassem. Por isso foi designada uma comissão, em 1942,
para criar uma lei definitiva. Seus
dez membros prepararam um anteprojeto para a CLT, que em janeiro de 1943 foi levado a sindicatos e empresários para que propusessem eventuais mudanças.
Com o projeto concluído, a CLT
foi decretada. Começou uma discussão jurídica a respeito de sua
natureza: seria uma consolidação
ou um código, por também criar
leis novas? Mas a CLT foi recebida
como um avanço nas relações sociais do país, e um passo à frente
em sua evolução econômica.
Até o fim do século 20, a CLT sofreu mudanças só em tópicos específicos, como a remuneração
das férias. O que houve de significativo foi a equiparação gradual
do trabalhador rural ao urbano.
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