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CADE
Empresa diz que cumpre normas
AmBev abusa de poder, dizem distribuidoras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os membros do Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica) podem ser processados pelo Ministério Público Federal, em ação penal, por improbidade administrativa no caso da
AmBev. Anteontem, o Ministério
Público Federal, com a Associação Regional das Distribuidoras
Antarctica -Abradisa Regional
12-, ajuizou medida cautelar
com o objetivo de levantar dados
que comprovem prática comercial abusiva da AmBev.
As distribuidoras da Antarctica
do interior de São Paulo e de parte
de Minas Gerais acusam a AmBev
de abuso do poder econômico,
como vendas diretas a clientes e
imposição de margem de lucro.
Quanto ao Cade, a acusação é de
omissão no acompanhamento do
caso. Ontem, em reunião da Comissão de Assuntos Econômicos
do Senado, o diretor de relações
corporativas da AmBev, Milton
Seligman, rebateu as denúncias.
Seligman, ex-secretário-executivo do Ministério da Justiça, afirmou que todas as determinações
estabelecias pelo Cade na aprovação da fusão da Antarctica com a
Brahma, que gerou a criação da
AmBev, estão sendo cumpridas.
No caso das vendas diretas, Seligman argumentou que, nas vendas aos grandes clientes (os hipermercados), a margem de lucro é
muito baixa, o que impede a participação das distribuidoras.
O presidente do Cade, João
Grandino Rodas, afirmou que autarquia não identificou descumprimento, pela AmBev, do termo
de metas estabelecido na aprovação da fusão.
Segundo as distribuidoras, a Secretaria de Direito Econômico
não instaurou inquérito para
apurar suspeitas de práticas abusivas de poder econômico por
parte da AmBev, o que teria sido
determinado pelo Cade na aprovação da fusão.
Elas afirmam que caberia ao Cade cobrar da SDE a instauração
do inquérito. Esse é um dos pontos que sustentam a suspeita do
Ministério Público de omissão do
Cade.
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