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Crítico de plano
oficial para IR é
fariseu, diz Malan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
"É hipocrisia e farisaísmo dizer que os trabalhadores serão
prejudicados pela proposta do
governo", disse ontem o ministro Pedro Malan (Fazenda) ao
comentar as propostas de correção da tabela do Imposto de
Renda da Pessoa Física.
Malan disse que a proposta
do governo, que previa a criação de novas alíquotas para
compensar a correção do limite de isenção, beneficiaria
97,3% dos contribuintes. "Apenas 117 mil pessoas pagariam
mais para que 4,2 milhões fossem beneficiadas", explicou.
A proposta do governo foi
uma resposta à correção de
35,29% que vem sendo analisada pela Câmara dos Deputados, mas foi descartada na negociação. Hoje, a tendência dos
deputados é corrigir a tabela do
IR em 20% sem criar novas alíquotas.
O ministro disse aos senadores que estavam na Comissão
de Assuntos Econômicos que o
governo poderá ter de aumentar impostos ou cortar gastos
caso um reajuste sem compensações seja aprovado pelo Congresso. Criticou os congressistas que estão defendendo correções para todas as faixas de
renda e chegou a dizer que
muitos naquela sala onde ele
estava -na comissão- poderiam ter de pagar mais pela
proposta do governo. "Mas
quem ganha mais de R$ 9.374
não é povo ou classe média."
Segundo ele, nenhum país do
mundo tem um limite de isenção equivalente a duas vezes a
renda per capita nacional.
Pela proposta do governo, o
limite passaria a ser de R$ 1.377
(renda bruta), quando a renda
per capita é de R$ 600.
Malan também criticou os
partidos de oposição que, segundo ele, sempre reclamaram
da necessidade de maior progressividade na tabela.
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