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Para ministro, crescer é a solução
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Jaques Wagner
(Trabalho) disse que os números
do desemprego no país são ruins
e que a situação só será invertida
com crescimento econômico.
"Não tem mistério. Ou tem investimento em crescimento econômico ou você não combate o
desemprego", afirmou, no Palácio do Planalto, após tomar conhecimento da pesquisa do IBGE.
"Nos grandes centros o número
ainda é ruim. Eu não tenho por
que negar a realidade." No entanto, ele ressaltou que as taxas de desemprego estão "estáveis" há seis
meses e que isso ainda é reflexo do
primeiro semestre, quando a economia estava menos aquecida.
"Em economia a reação não é
imediata. Os juros já caíram, as
áreas que nós alavancamos, como
automóvel e linha branca, estão
tendo uma reação. Agora, isso
ainda não foi o suficiente para gerar os empregos." Com o aumento da produção, a indústria recuperou parte da capacidade ociosa.
Repetindo várias vezes que não
quer "brigar com pesquisa" nem
"justificar o desemprego com palavras", Wagner ressaltou que o
IBGE não considera atividades
econômicas aquecidas, caso do
agronegócio, em razão de as indústrias do setor serem sediadas
em cidades do interior.
Disse ainda que o governo só
começou a tomar medidas de impacto para a economia em julho, e
que o investimento público ainda
é tímido. "Acho que esse número
[de desemprego] corresponde ao
que aconteceu na economia. Não
tem por que ficar fazendo jogo de
palavra. Temos é que trabalhar
muito, atrair investimentos".
A expectativa de Wagner é fechar o ano com um saldo de 1 milhão de novos postos de trabalho.
"É óbvio que se chegou a 1,5 milhão de pessoas [ao mercado de
trabalho] e conseguimos gerar 1
milhão de postos, tenho o drama
do desemprego aumentando."
O ministro disse que o governo
está fazendo "todos os esforços"
para criar empregos. Em julho, o
ministro havia afirmado que o
"alarme é maior do que o drama"
do desemprego.
(GABRIELA ATHIAS)
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