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São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2003

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Para ministro, crescer é a solução

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Jaques Wagner (Trabalho) disse que os números do desemprego no país são ruins e que a situação só será invertida com crescimento econômico.
"Não tem mistério. Ou tem investimento em crescimento econômico ou você não combate o desemprego", afirmou, no Palácio do Planalto, após tomar conhecimento da pesquisa do IBGE.
"Nos grandes centros o número ainda é ruim. Eu não tenho por que negar a realidade." No entanto, ele ressaltou que as taxas de desemprego estão "estáveis" há seis meses e que isso ainda é reflexo do primeiro semestre, quando a economia estava menos aquecida.
"Em economia a reação não é imediata. Os juros já caíram, as áreas que nós alavancamos, como automóvel e linha branca, estão tendo uma reação. Agora, isso ainda não foi o suficiente para gerar os empregos." Com o aumento da produção, a indústria recuperou parte da capacidade ociosa.
Repetindo várias vezes que não quer "brigar com pesquisa" nem "justificar o desemprego com palavras", Wagner ressaltou que o IBGE não considera atividades econômicas aquecidas, caso do agronegócio, em razão de as indústrias do setor serem sediadas em cidades do interior.
Disse ainda que o governo só começou a tomar medidas de impacto para a economia em julho, e que o investimento público ainda é tímido. "Acho que esse número [de desemprego] corresponde ao que aconteceu na economia. Não tem por que ficar fazendo jogo de palavra. Temos é que trabalhar muito, atrair investimentos".
A expectativa de Wagner é fechar o ano com um saldo de 1 milhão de novos postos de trabalho. "É óbvio que se chegou a 1,5 milhão de pessoas [ao mercado de trabalho] e conseguimos gerar 1 milhão de postos, tenho o drama do desemprego aumentando."
O ministro disse que o governo está fazendo "todos os esforços" para criar empregos. Em julho, o ministro havia afirmado que o "alarme é maior do que o drama" do desemprego.
(GABRIELA ATHIAS)


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