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Juro ao consumidor cai em ritmo menor que o da Selic, diz pesquisa do Procon
DA FOLHA ONLINE
A taxa média de juros cobrada mensalmente dos consumidores nas operações de empréstimo e na utilização do cheque especial diminuiu em
2006, mas em ritmo bem inferior à Selic, a taxa de referência
da economia.
Levantamento feito pela
Fundação Procon-SP mostra
que o juro mensal médio dos
empréstimos recuou apenas
0,03 ponto percentual entre
2005 e 2006, passando de
5,39% para 5,36% ao mês.
No caso das taxas aplicadas
ao uso do cheque especial, a
queda foi de 0,05 ponto percentual, de 8,25% para 8,20% ao
mês.
No mesmo período, a taxa
Selic recuou de 18% para
13,25% ao ano -uma queda de
4,75 pontos percentuais.
Mensalizada, a Selic passou
de 1,39%, em janeiro, para
1,04% em dezembro -baixa de
0,34 ponto percentual. A taxa
Selic influencia os movimentos
das taxas finais cobradas pelas
instituições financeiras. Neste
caso, porém, os juros bancários
tiveram um recuo mais moderado.
O Procon afirma que o nível
de inadimplência foi o principal argumento das instituições
financeiras para não diminuir
substancialmente suas taxas.
"Especialmente no varejo, o
nível de endividamento do consumidor deu um salto no primeiro trimestre, em razão do
crédito farto e das despesas típicas de Natal e início do ano",
informou.
Para o Procon, apesar de os
juros terem recuado neste ano,
a palavra de ordem ainda é cautela.
"Ao longo de todo este ano,
procurou-se alertar o consumidor para a necessidade de planejar seu orçamento com critério, recorrendo ao crédito somente em casos de real necessidade, comparando custo-benefício e, finalmente, evitar a
inadimplência. O alerta deverá
se manter para o próximo ano."
O levantamento do Procon
envolveu dez instituições financeiras: HSBC, Banespa,
Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú,
Santander, Nossa Caixa, Banco
Real e Unibanco.
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