São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2008

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Société Générale admite arranhão na sua imagem

ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA ESPECIAL A PARIS

Para o francês François Dossa, presidente do Société Générale Brésil, a fraude pela qual o funcionário Jérôme Kerviel é acusado colocou o sistema financeiro francês e até mundial em alerta: "A esta altura, todos os bancos estão vasculhando seus sistemas para identificar falhas", disse ele ontem.
Segundo ele, a fraude não afetou as finanças da instituição, mas arranhou a marca. "O banco sai da crise mais capitalizado do que antes, o problema é de imagem", disse ele.
Para Dossa, o Société Générale em Paris "agiu rapidamente e com toda a transparência" ao detectar a fraude de 4,9 bilhões, que "comeu" 80% do lucro da instituição em 2007, e promover o aumento de capital em 5,5 bilhões em 24 horas.
Na opinião de Dossa, "o cara [Kerviel] é um gênio da informática e criou contrapartidas fictícias", numa fraude difícil de ser detectada.
Dossa negou versões extra-oficiais de que o rombo, na verdade, teria sido de 48 bilhões. Lamentou, também, que a fraude no Société Générale tenha sido apontada como uma das causas da forte queda das Bolsas européias na segunda-feira da semana passada.


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