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Société Générale admite arranhão na sua imagem
ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA ESPECIAL A PARIS
Para o francês François Dossa, presidente do Société Générale Brésil, a fraude pela qual o
funcionário Jérôme Kerviel é
acusado colocou o sistema financeiro francês e até mundial
em alerta: "A esta altura, todos
os bancos estão vasculhando
seus sistemas para identificar
falhas", disse ele ontem.
Segundo ele, a fraude não
afetou as finanças da instituição, mas arranhou a marca. "O
banco sai da crise mais capitalizado do que antes, o problema é
de imagem", disse ele.
Para Dossa, o Société Générale em Paris "agiu rapidamente e com toda a transparência"
ao detectar a fraude de 4,9 bilhões, que "comeu" 80% do lucro da instituição em 2007, e
promover o aumento de capital
em 5,5 bilhões em 24 horas.
Na opinião de Dossa, "o cara
[Kerviel] é um gênio da informática e criou contrapartidas
fictícias", numa fraude difícil
de ser detectada.
Dossa negou versões extra-oficiais de que o rombo, na verdade, teria sido de 48 bilhões.
Lamentou, também, que a
fraude no Société Générale tenha sido apontada como uma
das causas da forte queda das
Bolsas européias na segunda-feira da semana passada.
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