DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A queda sofrida pela dívida pública e a alta do dólar permitiram que o setor público brasileiro reduzisse os gastos com juros, fazendo com que o déficit público em 2008 fosse o menor de toda a série estatística do Banco Central, que começa em 1991.
Essa marca foi alcançada quando se comparam os valores gastos com o pagamento de encargos da dívida pública com o Produto Interno Bruto do país. No ano passado, essas despesas somaram R$ 162,3 bilhões, o que corresponde a 5,59% do PIB do período. Em 2007, essa proporção havia ficado em 6,14%. Em 2003, 8,54%.
Do total gasto com juros no ano passado, R$ 118 bilhões foram abatidos com o dinheiro economizado por meio do superávit primário. O restante foi refinanciado por meio da emissão de títulos públicos. Essa parcela refinanciada corresponde ao que se chama de déficit nominal, ou seja, é o rombo nas contas públicas que precisa ser coberto com um aumento na dívida do governo.
Em 2008, esse déficit foi equivalente a 1,53% do PIB, o mais baixo desde 1991. O valor corresponde, por exemplo, a metade do teto estabelecido pela União Europeia para o saldo negativo nas contas de seus membros.
O governo tem como objetivo zerar esse déficit até o ano que vem. Para este ano, o BC estima que o saldo permanecerá negativo.


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