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Mercado tem pausa, Bolsa recua 0,14% e dólar sobe
Nos EUA, piora na confiança
do consumidor desagrada
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após as marcas relevantes
atingidas na segunda-feira, o
mercado financeiro deu uma
pausa ontem. Em dia de agenda
econômica fraca, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou as
operações com recuo de 0,14%,
enquanto o dólar subiu 0,37%,
para R$ 1,882.
No pregão de anteontem, a
Bolsa brasileira havia retornado ao nível anterior ao agravamento da crise internacional,
que ocorreu em setembro passado. No ajuste de ontem, teve
grande relevância a depreciação dos papéis da Petrobras.
O preço do barril de petróleo,
que recuou 1,68% em Nova
York, para US$ 67,23, não deu
chances para as ações da petrolífera. O papel preferencial da
Petrobras caiu 2,15%, e o ordinário, 2,01%. Essas ações responderam por 18% dos negócios de ontem.
Além do recuo do produto, os
operadores comentaram que
começa a ganhar força certo ceticismo em relação à futura
produção na camada do pré-sal,
o que também prejudicou o retorno dos papéis da maior empresa da Bolsa.
A divulgação do índice de
confiança do consumidor nos
Estados Unidos, que teve queda mais forte que as expectativas dos analistas, pesou para os
resultados negativos.
As Bolsas de Valores terminaram em queda nos principais
centros financeiros. Em Nova
York, a baixa foi de 0,13%. Na
Europa, as perdas foram mais
fortes: Londres registrou desvalorização de 1,25%, e Frankfurt perdeu 1,46%.
Um dos balanços que desagradaram aos investidores ontem foi o apresentado pelo
Deutsche Bank. O fato de a instituição financeira ter anunciado aumento de suas provisões
para crédito duvidoso trouxe
incertezas quanto aos riscos de
elevação de calote. As ações do
Deutsche caíram 10,35%.
Nos EUA, foi o balanço da US
Steel, que teve prejuízo de US$
392 milhões no trimestre, que
colaborou para o clima negativo. Suas ações recuaram 2,23%
em Wall Street.
A divulgação de balanços de
companhias brasileiras começa
a esquentar nos próximos dias.
Hoje, sai o resultado trimestral
da Vale. Na segunda-feira, é a
vez de o Bradesco apresentar
seus números.
A Bovespa demonstrou durante o pregão de ontem que o
apetite pelos papéis brasileiros
se mantém. Quando o índice
Ibovespa (das 64 ações de
maior liquidez) bateu na mínima do dia, com recuo de 1,41%,
a tendência compradora ganhou força e quase levou a Bolsa para o azul.
Fora do Ibovespa, as ações do
setor de construção civil atraíram os investidores.
A expectativa de que possam
ser beneficiadas pelos programas do governo fez com que os
papéis das empresas do segmento se destacassem em um
dia fraco para a Bolsa.
No setor, a ação ON da Abyara apareceu no topo, com valorização de 11,86%, seguida por
Klabin Segall ON (alta de
11,74%) e Tenda ON (10,90%).
Apesar do recuo de ontem, a
Bolsa segue firme como destaque no mês, com apreciação
acumulada de 5,84%.
O dólar, na outra ponta, aparece com depreciação de 4,18%
em julho. A moeda norte-americana chegou a ser negociada
ontem a R$ 1,874, levemente
abaixo da cotação de segunda-feira (R$ 1,875), que foi a menor
desde setembro de 2008.
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