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Lula barra reembolso de crédito de IPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enterrou
ontem a possibilidade de
acordo com o setor exportador em relação aos créditos antigos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
O acerto entre governo e
empresários que vinha
sendo costurado desde
2006 teve uma vitória no
início deste mês no Congresso com a aprovação da
MP 460. No texto, os parlamentares incluíram regras que permitiam ao governo ressarcir créditos
que os exportadores alegam ter com a União.
Dias depois, uma decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) liquidou essa possibilidade. Os juízes
do STF entenderam que
os supostos créditos de IPI
perderam a validade em
outubro de 1990, e não em
dezembro de 2002, como
queriam os empresários.
Ontem, Lula vetou o trecho da MP que tratava do
assunto, sob o argumento
de que a medida "atenta
contra a legalidade".
O problema começou
com um crédito prêmio de
IPI dado aos exportadores
em 1969 e reconfirmado,
por tempo indeterminado,
em 1982. De lá para cá, o
imbróglio resultou em R$
180 bilhões em créditos
acumulados.
Os exportadores pretendem entrar com recursos
no STF e propor uma data
de corte intermediária entre 1990 e 2004.
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