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Governo negocia 2ª venda de folha do INSS
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo começa a negociar, na segunda quinzena de
setembro, a venda da atual folha de pagamento dos benefícios do INSS. A nova rodada de
conversas com os bancos será
comandada pelo Ministério da
Fazenda, e a expectativa é que
as instituições passem a pagar
pela folha a partir de 2010.
Na negociação, o governo
adotará como parâmetro de
preço os valores cotados pelas
instituições financeiras no leilão no início deste mês para a
venda da folha de pensões, aposentadorias e auxílios concedidos a partir de janeiro de 2010.
"Na primeira quinzena de setembro, vamos assinar os contratos referentes ao leilão. Na
segunda quinzena, vamos começar a negociar o estoque",
disse o presidente do INSS,
Valdir Moysés Simão, acrescentando que a venda será direta aos bancos, sem leilão.
A atual folha de pagamento
envolve 26 milhões de benefícios. Segundo Simão, o preço
médio oferecido pelos bancos
que venceram o leilão foi de
R$ 1,68 por benefício. Se esse
valor for usado como referência pelo governo na negociação,
a folha estará valendo atualmente R$ 524 milhões por ano.
Variações
Simão pondera, entretanto,
que os valores cotados pelas
instituições variaram muito de
acordo com o Estado ou a região. A folha de benefícios da cidade de São Paulo, por exemplo, foi vendida a R$ 2,06 por
aposentadoria. No caso da região Norte, o preço foi de R$
0,11 por benefício.
Além disso, em várias situações, o banco que venceu a disputa pelo lote leiloado não pagará todos os benefícios previstos, pois em determinadas microrregiões não dispõe de agências. Foram vendidos no leilão
26 lotes, que abrangem 20 mil
microrregiões. Nas situações
em que o vencedor não fizer o
pagamento, a folha da localidade será transferida para o segundo colocado no leilão.
Simão explica que devido a
essas situações o governo ainda
não fechou as contas para saber
quanto receberá dos bancos pela folha já vendida. "Estamos
verificando a capacidade de cada banco de fazer o pagamento
nas microrregiões. Por isso,
ainda não temos uma conta."
Até 2007, o governo gastava
R$ 250 milhões anuais para a
rede bancária pagar os benefícios da Previdência.
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