São Paulo, sábado, 29 de agosto de 2009

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Governo negocia 2ª venda de folha do INSS

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo começa a negociar, na segunda quinzena de setembro, a venda da atual folha de pagamento dos benefícios do INSS. A nova rodada de conversas com os bancos será comandada pelo Ministério da Fazenda, e a expectativa é que as instituições passem a pagar pela folha a partir de 2010.
Na negociação, o governo adotará como parâmetro de preço os valores cotados pelas instituições financeiras no leilão no início deste mês para a venda da folha de pensões, aposentadorias e auxílios concedidos a partir de janeiro de 2010.
"Na primeira quinzena de setembro, vamos assinar os contratos referentes ao leilão. Na segunda quinzena, vamos começar a negociar o estoque", disse o presidente do INSS, Valdir Moysés Simão, acrescentando que a venda será direta aos bancos, sem leilão.
A atual folha de pagamento envolve 26 milhões de benefícios. Segundo Simão, o preço médio oferecido pelos bancos que venceram o leilão foi de R$ 1,68 por benefício. Se esse valor for usado como referência pelo governo na negociação, a folha estará valendo atualmente R$ 524 milhões por ano.

Variações
Simão pondera, entretanto, que os valores cotados pelas instituições variaram muito de acordo com o Estado ou a região. A folha de benefícios da cidade de São Paulo, por exemplo, foi vendida a R$ 2,06 por aposentadoria. No caso da região Norte, o preço foi de R$ 0,11 por benefício.
Além disso, em várias situações, o banco que venceu a disputa pelo lote leiloado não pagará todos os benefícios previstos, pois em determinadas microrregiões não dispõe de agências. Foram vendidos no leilão 26 lotes, que abrangem 20 mil microrregiões. Nas situações em que o vencedor não fizer o pagamento, a folha da localidade será transferida para o segundo colocado no leilão.
Simão explica que devido a essas situações o governo ainda não fechou as contas para saber quanto receberá dos bancos pela folha já vendida. "Estamos verificando a capacidade de cada banco de fazer o pagamento nas microrregiões. Por isso, ainda não temos uma conta."
Até 2007, o governo gastava R$ 250 milhões anuais para a rede bancária pagar os benefícios da Previdência.


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