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ENERGIA
Governo afrouxa regra para leilão da usina de Belo Monte
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal poderá
liberar a participação dos autoprodutores de energia no
leilão da usina hidrelétrica
de Belo Monte, projeto em
fase de licenciamento ambiental e confecção do edital.
A licitação do projeto, que
tem potência instalada de 11
mil megawatts, deve ocorrer
entre o fim de outubro e o
início de novembro.
O governo teme que não
haja concorrentes. Segundo
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de
Pesquisa Energética), o governo não descarta cancelar
o leilão caso não haja dois
concorrentes. "A possibilidade de os autoprodutores participarem pode viabilizar a
formação de dois consórcios", disse.
A oferta para atrair os autoprodutores (formado por
grandes grupos industriais) é
a garantia de que parte da
energia do empreendimento
poderá ser adquirida para
consumo próprio. Essa opção não foi dada para os projetos do Madeira.
Tolmasquim revelou que a
fatia da energia para os autoprodutores não está definida. Em princípio, uma parte
dos 30% destinados ao mercado livre iria para o autoprodutor a preço de custo.
"Com isso, os autoprodutores se tornam investidores, e
não meros compradores de
energia cara, como ocorreu
no caso dos projetos do rio
Madeira", disse Mario Menel, presidente Abiape (Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução
de Energia).
O governo ainda define o
papel da Eletrobrás no projeto de Belo Monte. A estatal
poderá se associar com o
vencedor ou liberar as subsidiárias para composições
com consórcios.
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