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Santander inclui ganho do Real e lucra R$ 2,23 bilhões no ano
DA REPORTAGEM LOCAL
O espanhol Santander reportou ontem no país um lucro líquido de R$ 2,23 bilhões acumulado no ano, resultado 1,3%
superior ao do mesmo período
de 2007 e atribuído à expansão
das operações de crédito.
Pela primeira vez, o resultado divulgado incluiu dados provenientes do Banco Real, que
só a partir de 29 de agosto passou a fazer parte efetivamente
do grupo espanhol no país. Para
facilitar o entendimento do balanço, o Santander fez um exercício pró-forma que permite a
comparação com as operações
individuais no ano passado.
Segundo Fábio Barbosa, presidente do Santander Brasil, os
números do banco não refletem qualquer sinal da crise internacional nem da desaceleração do crédito, que deve ficar
para o quarto trimestre. Como
nos demais bancos, a única exceção ficou para o desempenho
da Tesouraria, que teve resultado ainda positivo, mas menor
do que no ano passado. "O resultado maior foi nas operações
com clientes, onde tivemos um
crescimento importante. Houve uma redução nos ganhos de
Tesouraria, que aconteceu nos
demais bancos e não foi diferente aqui. A elevação dos juros
fez com que os papéis tivessem
um valor de mercado menor, e
o resultado foi pior do que no
ano passado. Não é verdade que
foi uma contribuição negativa."
Juntos, Santander e Real somavam em setembro uma carteira de crédito de R$ 130,48 bilhões, volume 25,5% maior do
que o apurado no mesmo mês
de 2007. O destaque ficou para
as operações com pessoa física,
que cresceram 23,7%.
No mundo, o Santander
anunciou ganho líquido de
6,9 bilhões no ano, 15,8% maior
do que o apurado nos nove primeiros meses de 2007. Sem
contar o Real, o Santander brasileiro contribuiu com 11% do
lucro mundial do banco.
"Nesse contexto mundial,
em que os bancos têm repetidas vezes problemas de absorção de prejuízos, o Santander
tem mostrado sua força não só
nas aquisições -foram três,
duas na Inglaterra e uma nos
EUA- como também no crescimento importante nos resultados. O banco teve um dos
maiores lucros no mundo", disse Barbosa.
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