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Febraban vê menor pressão de liquidez após ações do governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) divulgou nota ontem para dizer que as medidas do governo que liberaram
mais depósitos compulsórios
para as instituição já diminuíram "a pressão sobre a liquidez". Segundo a nota, "os principais bancos já adquiriram 53
carteiras" de crédito por cerca
de "R$ 4,85 bilhões.
Esse valor equivale a 16,4%
dos R$ 29,5 bilhões que o Banco Central liberou, para todos
os bancos, do compulsório especificamente para aquisição
de carteiras. A Febraban diz
que "os recursos liberados dos
depósitos compulsórios têm de
chegar às empresas e aos consumidores". Segundo ela, "de
fato, as instituições financeiras
estão fazendo que cheguem".
Para enfrentar os efeitos da
crise econômica internacional,
o governo relaxou as regras dos
depósitos compulsórios. Ou seja, diminuiu o total de recursos
dos clientes que os bancos têm
de manter depositados no BC.
A Febraban diz que "há diversas ilações indicando que a
rentabilidade do sistema se beneficiaria com a liberação do
compulsório". Segundo ela, "os
compulsórios liberados estavam sendo remunerados pelo
Banco Central aos bancos com
base na taxa Selic e caso esses
recursos agora liberados fossem mantidos em títulos públicos não trariam ganhos adicionais".
A nota diz ainda que "quanto
ao grau de seletividade das operações, é este o procedimento
recomendado pela boa prática
e é o que tem permitido aos
bancos brasileiros apresentar
bons balanços e um elevado
grau de resistência à crise internacional".
"As operações de mercado de
capitais, colocações de debêntures e ações é que foram fortemente afetadas em função da
crise nos mercados de capitais
com os investidores institucionais retraídos. Essa situação
tem gerado uma maior demanda por crédito bancário", diz a
nota. Ainda segundo a Febraban, "as empresas que, em condições normais, emitiriam debêntures e ações, buscam se financiar junto aos bancos" e
"não é por outro motivo que as
operações de capital de giro
apresentaram um robusto
crescimento de 82,7% nos 12
meses" até setembro.
Além disso, segue a nota,
"muitas empresas brasileiras
dispunham de linhas de crédito
no exterior, que foram suspensas com a crise internacional, o
que as fez buscarem crédito no
mercado interno, contribuindo
para aumentar a demanda".
A Febraban afirma ainda que
"tem todo o interesse em preservar a higidez do sistema financeiro e, nesse sentido, em
ver restaurada a normalidade
do funcionamento da intermediação financeira o mais rápido
possível, reduzindo as pressões
e, assim, trazendo tranqüilidade aos mercados e à sociedade
brasileira".
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