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Dólar cai 2,5% e fecha cotado a R$ 2,188
DA REPORTAGEM LOCAL
A trégua vivida no mercado acionário permitiu que o
câmbio também respirasse
ontem. Mesmo com uma
atuação menos intensa por
parte do Banco Central, o dólar recuou 2,5% ontem, para
encerrar as operações vendido a R$ 2,188.
De qualquer forma, a baixa
de ontem foi relativamente
pequena se for comparada à
apreciação da moeda norte-americana no mês, que está
acumulada em 14,92%.
Os balanços apresentados
pelos grandes bancos privados brasileiros, que mostraram que têm baixa exposição
em operações de derivativos
cambiais -como as que trouxeram perdas para empresas
tradicionais como a Aracruz
e a Sadia-, foram bem recebidos no mercado.
Ontem a autoridade monetária vendeu US$ 497,6
milhões em contratos de
"swap" cambial (que rendem
a variação da moeda para os
bancos). Na segunda-feira,
US$ 1,113 bilhão foi vendido
nesses contratos.
Se o dólar está longe de
seus menores patamares recentes -no começo de agosto rondava R$ 1,56-, ao menos os bancos esperam que a
taxa não se mantenha nesses
níveis atuais.
A última pesquisa Focus,
feita pelo BC com cem instituições financeiras, mostra
que a projeção média é a de
que o dólar esteja em R$ 1,95
no fim do ano.
"O Banco Central tem feito
o que tinha de fazer mesmo
[em suas atuações no câmbio]. Para o fim do ano, entendo que o dólar possa estar
sendo negociado abaixo dos
R$ 2", afirma Maristella Ansanelli, economista-chefe do
banco Fibra.
Com o mercado apostando
em um dólar mais baixo nos
próximos meses, a decisão
do Copom (Comitê de Política Monetária) se torna ainda
mais difícil. Isso porque é
complicado estimar neste
momento o quanto o câmbio
poderá impactar na inflação.
O Copom define hoje como
fica a taxa básica Selic, que
está em 13,75% anuais. A
maioria do mercado conta
com a manutenção da taxa
de juros.
(FV)
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