São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2008

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Dólar cai 2,5% e fecha cotado a R$ 2,188

DA REPORTAGEM LOCAL

A trégua vivida no mercado acionário permitiu que o câmbio também respirasse ontem. Mesmo com uma atuação menos intensa por parte do Banco Central, o dólar recuou 2,5% ontem, para encerrar as operações vendido a R$ 2,188.
De qualquer forma, a baixa de ontem foi relativamente pequena se for comparada à apreciação da moeda norte-americana no mês, que está acumulada em 14,92%.
Os balanços apresentados pelos grandes bancos privados brasileiros, que mostraram que têm baixa exposição em operações de derivativos cambiais -como as que trouxeram perdas para empresas tradicionais como a Aracruz e a Sadia-, foram bem recebidos no mercado.
Ontem a autoridade monetária vendeu US$ 497,6 milhões em contratos de "swap" cambial (que rendem a variação da moeda para os bancos). Na segunda-feira, US$ 1,113 bilhão foi vendido nesses contratos.
Se o dólar está longe de seus menores patamares recentes -no começo de agosto rondava R$ 1,56-, ao menos os bancos esperam que a taxa não se mantenha nesses níveis atuais.
A última pesquisa Focus, feita pelo BC com cem instituições financeiras, mostra que a projeção média é a de que o dólar esteja em R$ 1,95 no fim do ano.
"O Banco Central tem feito o que tinha de fazer mesmo [em suas atuações no câmbio]. Para o fim do ano, entendo que o dólar possa estar sendo negociado abaixo dos R$ 2", afirma Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Com o mercado apostando em um dólar mais baixo nos próximos meses, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) se torna ainda mais difícil. Isso porque é complicado estimar neste momento o quanto o câmbio poderá impactar na inflação. O Copom define hoje como fica a taxa básica Selic, que está em 13,75% anuais. A maioria do mercado conta com a manutenção da taxa de juros. (FV)


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