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Enviada de Obama critica empresários
DO ENVIADO ESPECIAL A DAVOS
O mundo de Davos
aguardava com a maior expectativa a mensagem que
a nova administração norte-americana expressaria
pela voz de Valeria Jarrett,
sua assessora especial, na
qual diz ter cega confiança.
A maior parte do público, formada por executivos, não pode ter gostado
da parte da mensagem em
que Jarrett, em nome de
Barack Obama, diz que a
crise atual é o resultado de
"uma era de profunda irresponsabilidade, tanto do
governo como dos homens
de negócio, nos Estados
Unidos e no mundo".
Anunciou, em decorrência, uma nova era, em que,
como é óbvio, a palavra
responsabilidade figura no
topo das prioridades, com
"transparência, prestação
de contas e supervisão".
Jarrett é amiga da família Obama desde os tempos de Chicago, cidade a
respeito da qual desfiou
um canto de amor.
Essa amizade ajuda a
entender por que a mensagem de ontem a Davos tenha sido "obamista" do
princípio ao fim. Ou seja,
repleta de conceitos ricos,
mas abstratos, como a insistência na palavra "esperança", que o presidente
também usou na posse.
"O presidente Barack
Obama fala tanto em esperança porque acredita que
a esperança vai resolver os
problemas do século 21."
O segundo vocábulo
mais presente no léxico de
Jarrett/Obama é "global".
Tanto crise econômica como mudança climática seriam problemas globais
para os quais se exige, como é óbvio, uma solução
global, afirmou.
Como se ainda precisasse demonstrar que a era do
unilateralismo do presidente republicano George
Walker Bush faz parte do
passado, Jarrett afirmou
que o novo governo norte-americano "escutará a todos, mesmo e especialmente aqueles dos quais
discordamos".
(CR)
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