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Eletrobrás espera renovação de concessões ainda no 1º semestre
LEILA COIMBRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Eletrobrás está com a compra de 41% do capital da Celg, a
estatal goiana de energia, praticamente finalizada e aguarda a
renovação das concessões do
setor elétrico para concluir a
negociação. A Folha apurou
que a estatal trabalha com a
possibilidade de envio da proposta de renovação das concessões ao Congresso Nacional
ainda no primeiro semestre.
Executivos da estatal estariam pressionando o grupo de
trabalho do Ministério de Minas e Energia a enviar a proposta ao Palácio do Planalto
para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a encaminhe
ao Legislativo o mais rápido
possível. A empresa não quis se
manifestar sobre o assunto.
O governo já definiu que vai
renovar as concessões do setor
elétrico que vencem a partir de
2015, conforme a Folha informou ontem. O modelo em estudo prevê redução de tarifas
para os consumidores.
O instrumento legal para isso deve ser uma medida provisória, cuja minuta foi elaborada. Ontem o Ministério de Minas divulgou nota dizendo que
não há medida provisória
pronta e que há um grupo de
trabalho estudando o tema.
A Folha apurou que parte do
governo é favorável à adoção de
uma MP para regular o tema,
cuja minuta existe. A regulamentação prevê que, na renovação, seja eliminada da tarifa
paga pelos consumidores a parte destinada a cobrir os investimentos feitos nas usinas -que
já estão pagas. Calcula-se que
esse valor ficaria entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões anuais.
A compra da Celg pela Eletrobrás depende da renovação
porque as duas empresas possuem ativos cujas concessões
vencem em 2015.
No caso da Celg, toda a distribuição acaba nesse prazo. Sem
a concessão, torna-se impossível negociar empréstimos no
longo prazo. Mas a proposta da
Eletrobrás e do ministério inclui a renovação até 2035 da
concessão para a companhia.
A renovação das concessões
também vai beneficiar, em especial, a Cemig (MG), a Cesp
(SP) e a Copel (PR).
Em 2008, o leilão de privatização da Cesp lançado pelo governo José Serra (PSDB) fracassou devido à incerteza da
prorrogação das concessões
-sem essa garantia, os investidores desistiram.
Ontem, questionado se pensa em retomar o projeto de um
leilão de privatização diante da
decisão do governo federal de
renovar as concessões, o governador Serra negou.
Colaborou a Reportagem Local
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