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TRABALHO
Pela lei, prazo termina hoje
CEF não enviou extrato do FGTS para 9 milhões
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Caixa Econômica Federal ainda não informou o valor da reposição das perdas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de pelo menos 9 milhões de
contas do Fundo com direito à
correção.
A lei complementar que estabelece as regras da correção determina que a CEF divulgue até hoje
a "relação dos titulares de contas
vinculadas e os respectivos valores dos complementos" dos planos econômicos Verão e Collor 1.
A lei não prevê punição para a
CEF pelo descumprimento da determinação.
O ministro do Trabalho, Paulo
Jobim, disse que os bancos já estão sendo punidos pela demora
no envio das informações à CEF,
sendo esse o principal motivo para o atraso da instituição na divulgação dos valores ao trabalhador.
Pela lei, os 78 bancos que detinham as informações do FGTS
dos trabalhadores na época dos
planos econômicos (1989 e 1990)
deveriam repassar essas informações à CEF até 31 de janeiro deste
ano. Apenas 18 bancos cumpriram esse prazo.
Até ontem, segundo a CEF, ainda faltavam ser enviadas cerca de
5% das informações que estão
com os bancos. Isso representa
aproximadamente 2 milhões de
contas do FGTS.
O superintendente nacional do
FGTS, Joaquim Lima, esclareceu
que o restante dos casos ainda está em análise pela CEF. "Quando
recebemos os dados dos bancos,
fazemos um trabalho de depuração, cruzando com os cadastros
do PIS, da Rais [Relação Anual de
Informações Sociais" e do seguro-desemprego", disse ele. Em muitos casos, disse, a CEF é obrigada
a devolver os dados aos bancos
por apresentarem problemas.
Segundo o superintendente, o
valor da correção de 43,5 milhões
de contas já está disponível na internet (www.caixa.gov.br) ou nas
agências da CEF. Nesse caso, para
ter acesso ao valor basta dispor do
Cartão do Trabalhador e utilizá-lo
nos caixas eletrônicos da CEF.
Já foram enviados 13,5 milhões
de extratos para as casas dos trabalhadores, relatou o superintendente. "Os extratos foram enviados para quem tem endereço
atualizado na Caixa", disse Lima.
Desistência
A CEF desistiu formalmente de
15 mil recursos no STF (Supremo
Tribunal Federal) contra a reposição de perdas dos planos Collor 1
e Verão nos saldos do FGTS.
As desistências foram homologadas pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, como resultado de um mutirão
realizado entre o tribunal e a CEF
para reduzir os processos.
O número corresponde a metade do total de recursos sobre esse
tema que aguardavam tramitação no final do mês de fevereiro,
quando o mutirão foi criado.
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