São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 2002

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AGROFOLHA

BELEZA À VENDA

Setor faturou US$ 13 milhões em 2001, e programa do governo quer chegar a US$ 80 milhões em 2004

Exportação de flores e plantas cresce 43%

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento na exportação de flores e plantas ornamentais brasileiras aumentou 43% em reais entre 2000 e 2001.
Em dólar, o aumento foi de 11,5%, indo de US$ 11,9 milhões em 2000 para US$ 13 milhões (aproximadamente R$ 30 milhões) em 2001.
Para o próximo Dias das Mães, que representa 10% do faturamento anual, há expectativa de crescimento de 20%. Em 2001, a atividade, no ano todo, incluindo mercado interno e externo, movimentou R$ 96 milhões.
O valor é pequeno quando comparado aos US$ 23,96 bilhões (R$ 56 bilhões) movimentados pelas exportações agrícolas brasileiras no ano passado.
Porém, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Sérgio Pupo, o aumento das exportações significa um passo importante rumo à maior inserção das flores e plantas ornamentais brasileiras no mercado internacional.
De olho no mercado externo, que movimenta US$ 6,7 bilhões anualmente, o Programa Brasileiro de Flores Ornamentais (Florabrasilis), criado em março de 2001 pela Agência de Promoção de Exportações (Apex), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), tem objetivos ambiciosos. A meta é elevar o patamar das exportações para US$ 80 milhões (cerca de R$ 188 milhões) em 2004.
Para atingir esses objetivos, o Florabrasilis promove ações de marketing no exterior e incentiva a capacitação dos floricultores.
Segundo dados do Ibraflor, entre os principais itens exportados, destacam-se rosas, flores tropicais como orquídeas e bromélias, e mudas, sobretudo as de crisântemo. Segundo especialistas, as folhagens brasileiras têm boa aceitação no mercado internacional.

Tango
Considerado secundário na composição de arranjos florais, o solidalgo, também conhecido como tango, passa a ser um dos destaques no segmento de hortaliças ornamentais.
Segundo dados do Veiling Holambra, cooperativa que detém 30% da venda de flores no país, a produção do tango cresceu 300% em 2001 em relação a 2000.
A expansão das exportações da planta é motivada, principalmente, pela facilidade da produção comercial do tango. Em três meses, já está pronto para ser colhido.
A resistência também é outro atrativo. O tango pode ser embalado em plásticos sem, contudo, perder as características originais.



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