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Investidores aguardam indicadores americanos
Nível de atividade nos EUA pode sinalizar futuro do juro
DA REPORTAGEM LOCAL
A agenda econômica da semana está bastante diversificada, principalmente nos Estados
Unidos. Por lá, serão conhecidos diferentes números de atividade econômica, que serão
acompanhados de perto pelo
mercado financeiro global.
No Brasil, onde o feriado do
Dia do Trabalho fechará os
mercados amanhã, o resultado
da produção industrial, a ser
conhecido na sexta-feira, é o
evento de maior peso dos próximos dias.
A semana começa com um
importante indicador de consumo norte-americano, que é o
PCE (indicador de gastos com
consumo pessoal nos EUA) de
março.
O mercado projeta que o núcleo do indicador, que desconta
os itens mais voláteis, tenha registrado alta moderada, de 0,1%
no mês. Em fevereiro, esse número ficou um pouco acima das
expectativas, ao registrar elevação de 0,3%.
O PCE é um indicador com
bastante força para mexer com
o mercado. Isso porque é acompanhado com atenção pelo Fed
(Federal Reserve, o banco central americano), o que pode influenciar suas decisões de política monetária.
Amanhã será a vez do instituto ISM informar resultados do
setor manufatureiro. Além disso, haverá a divulgação do índice de confiança do consumidor
americano.
Na quinta, o ISM fará a divulgação dos resultados do setor
de não-manufaturados.
Na sexta-feira passada, a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) americano do primeiro trimestre decepcionou.
O crescimento da maior economia do mundo ficou em 1,3%
no período, na taxa anualizada,
sendo o mais fraco desempenho desde os 1,2% registrado
nos três primeiros meses de
2003. As projeções apontavam
para um crescimento em torno
de 1,8%.
O enfraquecimento das exportações e o recuo nos gastos
com construção de moradias tiveram impacto negativo no resultado do PIB.
Uma desaceleração mais forte da economia americana pode
acabar por fazer com que o Fed
decida reduzir os juros do país,
que estão atualmente em
5,25% ao ano.
Para as Bolsas de Valores e os
títulos da dívida de países
emergentes, uma redução nas
taxas de juros americanos seria
bem-vinda.
Ainda nesta semana serão
apresentados nos Estados Unidos dados de desemprego no
país do mês de abril.
Dúvida nos juros
A ata da última reunião do
Copom (Comitê de Política
Monetária), que saiu na quinta-feira passada, decepcionou a
parcela do mercado que contava com sinais claros no documento sobre o futuro dos juros
brasileiros.
O que se esperava era que a
ata mostrasse que a taxa básica
de juros poderia voltar a ser reduzida de forma mais rápida.
Muitos investidores já estavam
se posicionando no mercado
futuro contando com a possibilidade de a taxa Selic ser reduzida em 0,5 ponto percentual no
próximo encontro do Copom,
que ocorrerá nos dias 5 e 6 de
junho.
A falta de sinais fez com que
os juros futuros subissem nos
últimos dois pregões da BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros) da semana passada.
A taxa básica Selic sofreu na
última reunião do Copom, há
duas semanas, uma redução de
12,75% para 12,5% anuais.
Agora o mercado terá de avaliar cada dado de atividade e inflação para se reposicionar em
relação ao futuro da taxa Selic.
Na sexta-feira, a Fipe vai divulgar o resultado do IPC (índice de preços ao consumidor) do
mês de abril.
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