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CONTRAPÉ
Empresário aumentou consumo em 50% e não tem como reduzir
Crise atropela empresa que cresce
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Alberto Zuzzi
investiu, em 1999, US$ 14 milhões em uma fábrica de pães.
Ele esperava poder produzir, até
o final deste ano, cerca de 2 milhões de pães por dia, volume
que seria suficiente para equilibrar o balanço da empresa. A
crise do setor elétrico, no entanto, atropelou os planos de Zuzzi.
A fábrica produz pães e outros
alimentos congelados, que são
vendidos para grandes redes de
supermercados. A produção
dobrou nos últimos doze meses.
O consumo de energia, usada
principalmente para refrigeração, subiu 50%.
Zuzzi afirma que não tem como manter a fábrica funcionando consumindo 25% menos
energia do que há doze meses.
Na época, ele produzia metade
do que produz hoje.
"Eu estava na posição de decolagem, com os motores a plena velocidade. Agora teremos
que rever nossos planos", diz o
empresário.
Ele tentará negociar com a
distribuidora de energia que
atende a região da fábrica, na cidade de Tatuí, em São Paulo, para evitar uma queda brusca na
produção. "Já tínhamos agendado uma reunião. Mas como o
governo ainda está alterando
muito as regras do jogo não foi
possível conversarmos."
O empresário, apesar de decepcionado com "os diversos
imprevistos" que teve que enfrentar devido a oscilações de
política econômica do governo
-ele estava endividado em dólar quando o real se desvalorizou- diz que não culpa o governo. "Todos podemos errar.
Agora é preciso fazer algo para
corrigir o erro rapidamente. O
mal já existe, temos que evitar
que fique pior."
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