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MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA fechou vendida a R$ 2,348, com alta de 0,56%; Bolsa sobe após cinco quedas
Dólar volta a superar 20% de alta no ano
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar foi negociado em alta
durante todo o dia de ontem e
voltou a acumular valorização de
mais de 20% neste ano.
A moeda norte-americana subiu 0,56% e fechou vendida a R$
2,348, encostada na cotação máxima que o dólar atingiu desde o
início do Real em 94 (R$ 2,349).
Além dos fatores que pressionam o câmbio há vários dias -o
racionamento de energia, a crise
política e o alongamento da dívida argentina-, a proximidade
do vencimento dos contratos futuros de dólar influenciaram o
rumo da moeda ontem.
Os contratos de junho, negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), vencem
amanhã e a referência para a liquidação deles é o Ptax (preço
médio do dólar medido pelo BC
diariamente).
Isso faz com que haja uma intensificação da queda-de-braço
entre os investidores "comprados" -que apostaram na valorização- e os "vendidos"
-que são beneficiados com a
baixa da cotação do dólar.
Na Bolsa paulista, o destaque
foi a disparada das ações preferenciais da Telefonica Data Brasil
Holding, que fecharam com valorização de 40%.
"É normal que existam oscilações bruscas quando os papéis de
uma nova empresa são lançados
na Bolsa, pois não há um parâmetro histórico para o investidor
se apoiar", afirma o diretor de
renda variável do BNP Paribas
Asset Management, Nicolas Balafas.
As ações da empresa -que
nasceu em janeiro de uma cisão
da Telesp- começaram a ser negociadas na segunda. Apesar da
alta expressiva, o volume negociado com os papéis foi muito reduzido: com 47 negócios, as
ações giraram R$ 182 mil dos R$
525 milhões negociados na Bolsa.
A valorização de 1,06% da Bolsa
paulista interrompeu cinco pregões de queda.
"Nos negócios de hoje, o mercado estará atento ao discurso do
senador Antonio Carlos Magalhães [PFL-BA"", diz Balafas.
O Tesouro Nacional vendeu R$
1 bilhão em títulos prefixados. As
taxas pagas para o governo rolar
sua dívida ficaram um pouco acima das da semana passada.
Para leiloar o lote de LTNs (Letras do Tesouro Nacional), o governo pagou taxa de 20,59%.
(FABRICIO VIEIRA)
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