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Bolsa sobe 12,5% e lidera as aplicações pelo 3º mês
Poupança rendeu mais que fundos DI de curto prazo
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo terceiro mês consecutivo, a Bolsa de Valores liderou o
ranking das aplicações financeiras no país, marcando a recuperação do mercado brasileiro de ações, que já zerou as perdas computadas após a quebra
do banco Lehman Brothers, no
dia 15 de setembro de 2008.
Em maio, o Ibovespa teve um
ganho bruto de 12,49%, bastante à frente de todos os investimento em renda fixa, que nem
sequer chegaram a 1%. No ano,
a Bolsa já tem alta de 41,25%.
Os fundos DI, que seguem a
variação da taxa Selic, registraram ganho de 0,67% até o dia
26, último dado da Anbid. Já os
fundos de renda fixa, que têm
papéis da dívida prefixada, renderam um pouco mais: 0,87%
no período.
Investimento líquido de impostos, a poupança rendeu
0,545% no mês e deve ter batido os ganhos dos fundos DI para os aplicações com prazo inferior a seis meses e que têm Imposto de Renda de 22,5%.
Desprezando os custos de administração, os fundos DI resgatados em menos de seis meses renderam no período analisado 0,5192%.
De longe, a pior aplicação em
maio foi o dólar comercial, que
recuou 9,67%. No ano, o dólar
já perdeu 15,6% em relação ao
real. "O dólar não pode ser visto
mais como aplicação financeira. É um hedge [proteção] necessário para proteger o poder
de compra de pessoas que vão
viajar ao exterior, comprar
equipamentos etc.", disse a
consultora de finanças pessoais
Marcia Dessen.
Para analistas, apesar da recente alta, o investimento em
Bolsa deverá ficar bastante arriscado a partir de junho. Isso
porque, após a alta recente, diminuíram as chances de o mercado manter o ritmo de ganhos.
Segundo Dessen, o investidor que conseguiu ganhar bastante na Bolsa poderá aproveitar o momento para embolsar
parte dos ganhos.
"Não estou dizendo que a
Bolsa vai cair, mas, para quem
está fora, não me parece o melhor momento para entrar. Exceto para quem está pensando
em longo prazo ou vê chance de
alta para uma ação de uma empresa em particular", disse.
"Não nos parece razoável que
esse ritmo de recuperação das
Bolsas se mantenha. Precisamos de indicadores que mostrem recuperação da economia. É um momento de cautela", disse Fabio Colombo, administrador de investimentos
pessoais. Ontem, a Bovespa terminou o dia com alta 0,3%,
após trabalhar parte dos negócios em baixa.
O preço do barril de petróleo
fechou a US$ 66,31 na Bolsa de
Nova York, acumulando uma
alta em maio de 29,7%, a maior
valorização mensal desde março de 1999, quando a economia
global ainda estava se recuperando dos efeitos da crise na
Ásia. Um dos motivos para o
aumento foi a queda do dólar
em relação a várias das principais moedas mundiais, atraindo os investidores para commodities. O petróleo já se valorizou em 96% desde dezembro.
(TONI SCIARRETTA)
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