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Consultor, Greenspan defende ajuste
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O ex-presidente do Fed
Alan Greenspan afirmou
ontem, em videoconferência transmitida no Rio,
que os EUA terão de fazer
um ajuste em seu déficit
em conta corrente, "que já
está agora em 7% do PIB e
não pode crescer indefinidamente".
Para o economista, que
falou de Washington, no
entanto, o processo de
"ajuste" será sem traumas: "Teremos capacidade para fazer ajustes para
reequilibrar a economia
sem mexer no emprego",
disse. Sobre a inflação nos
EUA, Greenspan disse
que "não está preocupado
com os níveis atuais".
O ex-presidente do Fed
repetiu diversas vezes que
a economia dos EUA tem
"flexibilidade muito grande" para acomodar choques, "muito maior" do
que a do resto do mundo.
Greenspan disse ainda
que a alta liquidez no mercado internacional deve
acabar, sem prever data.
Ele disse que "algum impacto" será sentido se Japão e China pararem de financiar o déficit, mas afirmou que a "economia tem
capacidade de limitar a
extensão dos problemas".
Greenspan só foi mais
enfático quando disse que
o aumento das despesas
com hipotecas nos EUA
-a chamada bolha imobiliária- já está levando a
redução do consumo.
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