São Paulo, sexta-feira, 30 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Consultor, Greenspan defende ajuste

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O ex-presidente do Fed Alan Greenspan afirmou ontem, em videoconferência transmitida no Rio, que os EUA terão de fazer um ajuste em seu déficit em conta corrente, "que já está agora em 7% do PIB e não pode crescer indefinidamente".
Para o economista, que falou de Washington, no entanto, o processo de "ajuste" será sem traumas: "Teremos capacidade para fazer ajustes para reequilibrar a economia sem mexer no emprego", disse. Sobre a inflação nos EUA, Greenspan disse que "não está preocupado com os níveis atuais".
O ex-presidente do Fed repetiu diversas vezes que a economia dos EUA tem "flexibilidade muito grande" para acomodar choques, "muito maior" do que a do resto do mundo.
Greenspan disse ainda que a alta liquidez no mercado internacional deve acabar, sem prever data. Ele disse que "algum impacto" será sentido se Japão e China pararem de financiar o déficit, mas afirmou que a "economia tem capacidade de limitar a extensão dos problemas".
Greenspan só foi mais enfático quando disse que o aumento das despesas com hipotecas nos EUA -a chamada bolha imobiliária- já está levando a redução do consumo.


Texto Anterior: BC dos EUA agora anima os mercados
Próximo Texto: Efeito sobre a economia do Brasil é duvidoso
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.