DA SUCURSAL DO RIO

O IGP-M registrou alta de 0,75%, 0,37 ponto percentual acima da registrada em maio, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). A taxa é a maior desde janeiro, quando o índice registrado foi de 0,92%.
Os preços do atacado, principalmente os agrícolas, foram os que mais contribuíram para o aumento do índice. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou queda, -0,44%, 0,51 ponto percentual abaixo em relação ao último mês.
O IPA (Índice de Preços por Atacado) registrou 1,11% em junho, ao passo que em maio a taxa foi de 0,43%. Entre os destaques do aumento, estão as matérias-primas brutas, como produtos agrícolas (1,80%). Desses, os que mais subiram foram cana-de-açúcar (11,01% em junho e 7,62% em maio) e soja (6,34% em junho, ante a 1,72% no mês anterior).
Os produtos industriais também apresentaram forte alta, como o minério de ferro (8,11%) e o ferro-gusa para fundição (11,50%). As quedas mais expressivas de preço no atacado foram o álcool etílico hidratado (-11,78%), e a laranja (-17,90%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) foi de 1,45%, alta de 0,64 ponto percentual em relação a maio. Um dos motivos da forte aceleração foi a mão-de-obra, com a movimentação da data-base em São Paulo, responsável por 80% do avanço registrado no índice. O IPC registrou variação de -0,54%, taxa 0,51 ponto abaixo da apurada em maio. A queda foi causada, principalmente, pelo subgrupo alimentação, que passou de -0,22% no mês passado para -1,86% em junho, variação de 1,64 ponto.
Para o economista da FGV Salomão Quadros, a tendência é que o IGP-M comece a desacelerar a partir de julho.


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