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ENTENDA
Conversão é feita pelo dólar do último dia do mês
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A dívida líquida do setor público é composta pela dívida da
União, dos Estados, dos municípios e das estatais menos seus
créditos a receber. Faz parte
dessa estatística tanto o endividamento contraído no exterior
quanto os compromissos assumidos dentro do país.
Como a dívida total é medida
em reais, é preciso que a parcela referente à dívida externa seja convertida para a moeda local. Para fazer essa conversão, o
Banco Central usa a taxa de
câmbio média do último dia
útil de cada mês.
Em 31 de julho, a cotação média do dólar -média de todas
as cotações praticadas naquele
dia- estava em R$ 3,4285. Ou
seja, no final de julho, toda a dívida em dólares do governo foi
transformada para reais por essa taxa de câmbio.
Praticamente toda a dívida
externa pública foi contraída
pelo governo federal. No mês
passado, o endividamento externo líquido somava R$ 198,7
bilhões. Essa dívida externa líquida é resultado da diferença
entre a dívida externa total e os
ativos em moeda estrangeira
que o governo tem, como as reservas internacionais.
A dívida interna, que já é denominada em reais, é calculada
com base na variação da taxa
de juros em determinado período. Assim, se uma dívida é
corrigida pela taxa Selic, basta
que se aplique os juros praticados entre um mês e outro para
atualizar seu valor.
A maior parte da dívida interna do setor público corresponde aos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional negociados no
mercado. Esses papéis totalizam R$ 874,4 bilhões.
Para se calcular a dívida interna líquida, são descontados
da dívida total o valor de todos
os ativos e créditos que o governo têm a receber. Entre eles estão os recursos do Fundo de
Amparo ao Trabalhador (R$ 71
bilhões). Desse modo, o dinheiro que os Estados devem
ao governo federal tem pouco
impacto na dívida líquida, pois
o que é dívida para os governos
estaduais é crédito a receber
para o Tesouro Nacional. Somados, os dois números praticamente se anulam.
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