São Paulo, quinta, 30 de outubro de 1997.




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MERCADO TENSO
Para o banco norte-americano Morgan Stanley, Brasil é agora bola da vez para especuladores globais
Bolsa de SP cai 6% na contramão do mundo; Franco se diz perplexo

da Redação

A Bolsa de São Paulo se descolou do movimento mundial ontem e caiu praticamente sozinha, acompanhada apenas pe la de Buenos Aires. Num dia em que as altas foram cada vez mais modestas na medida em que o fuso horário avançava, a Bovespa teve queda de 6,02%, zerando o ganho da véspera.
As oscilações, mais uma vez, foram muito fortes. Termôme tro das incertezas, o índice, que chegou a subir 3% no início do pregão, desabou até 9% no momento mais crítico, aproxi mando-se do teto que acionaria o sistema anticrash.
O presidente do banco central dos EUA, Alan Greespan, fez um discurso tranquilizador e a Bolsa de Nova York respondeu com cautela, fechando com pequena alta (0,11%).
São Paulo não acompanhou Nova York, como costuma acontecer. Boatos sobre instituições financeiras em sérias difi culdades de caixa, aliados a fortes vendas por parte de fundos de ações, determinaram o comportamento do mercado.
O presidente do BC, Gustavo Franco, admitiu estar perplexo com a crise das Bolsas. Relatório do banco Morgan Stanley diz que o Brasil é a bola da vez para os especuladores globais.



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