São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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Empresas descartam carro de US$ 3.000 no país

DA REPORTAGEM LOCAL

As montadoras presentes no Brasil são claras: não haverá carro de US$ 3.000 (cerca de R$ 5.300) no Brasil, mantidas as atuais condições tributárias e de produção.
"Para ter um carro de US$ 3.000 aqui, teríamos de produzi-lo a US$ 1.500, porque metade do preço é imposto", diz Cledorvino Bellini, presidente da Fiat Brasil. "Eu vi os amortecedores desses carros, por exemplo, e eles não agüentariam as condições das ruas esburacadas no Brasil."
A Renault, que está desenvolvendo um modelo dessa faixa de preço na Índia, tem a mesma opinião. Isso porque, além do "custo-Brasil", o mercado nacional pede motores flex, que são mais caros.
"O padrão de consumo brasileiro também está aproximando-se dos países desenvolvidos", diz Jérôme Stoll, presidente da Renault do Brasil. "Cada vez mais, as pessoas pedem carros mais seguros, que emitam menos poluentes e tenham mais qualidade", afirma.
Para Ray Young, presidente da General Motors, mesmo se o carro de US$ 3.000 for apenas uma forma de transporte com quatro rodas -e não um carro completo-, ainda assim será difícil alcançar esse preço no Brasil.
Prestes a assinar uma parceria com a indiana Tata Motors, a Fiat deverá começar a produzir uma picape mais barata em sua fábrica Argentina. Ela terá design e motor Fiat e será vendida na rede de concessionárias da marca no Brasil.
"Estamos em fase final de negociações", diz Bellini.


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