São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008

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Crédito extra pode ir a R$ 10 bi com adesão de banco privado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo vai regulamentar hoje no CMN (Conselho Monetário Nacional) uma mudança na regra de aplicação dos recursos da poupança para liberar os R$ 3 bilhões que a Caixa vai oferecer em linhas de capital de giro e compra de recebíveis. Os bancos privados também poderão aderir, mas a oferta de crédito adicional para as construtoras será opcional, já que só o banco estatal vai contar com a garantia do Tesouro em caso de calote.
Se todos os bancos privados aderirem, o setor terá R$ 10,25 bilhões em financiamento, que já inclui os R$ 3 bilhões da Caixa. Mas as operações do setor privado ficarão restritas a linhas de capital de giro e não envolvem compra de recebíveis (receita futura da empresa).
A nova regra libera até 5% do total de recursos aplicados na caderneta de poupança para crédito às empreiteiras. O valor que for direcionado para o financiamento de construtoras vai reduzir a parcela de 65% dos depósitos em poupança que obrigatoriamente deve ser aplicada pelos bancos em financiamentos habitacionais.
Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, a medida é opcional. Os bancos que não quiserem aderir poderão manter os empréstimos para a compra da casa própria como vinham fazendo. A medida foi tomada com base na expectativa da Caixa de crescimento dos depósitos na poupança.
As construtoras que buscarem linhas de capital de giro só poderão financiar, no máximo, 20% do custo da obra que desejam concluir. Durante o período de construção do empreendimento, de 18 meses em média, a empresa pagará só os juros do empréstimo. Depois, terá 24 meses para quitar o valor que tomou emprestado.


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