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Crédito extra pode ir a R$ 10 bi com adesão de banco privado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai regulamentar
hoje no CMN (Conselho Monetário Nacional) uma mudança
na regra de aplicação dos recursos da poupança para liberar os
R$ 3 bilhões que a Caixa vai oferecer em linhas de capital de giro e compra de recebíveis. Os
bancos privados também poderão aderir, mas a oferta de crédito adicional para as construtoras será opcional, já que só o
banco estatal vai contar com a
garantia do Tesouro em caso de
calote.
Se todos os bancos privados
aderirem, o setor terá R$ 10,25
bilhões em financiamento, que
já inclui os R$ 3 bilhões da Caixa. Mas as operações do setor
privado ficarão restritas a linhas de capital de giro e não envolvem compra de recebíveis
(receita futura da empresa).
A nova regra libera até 5% do
total de recursos aplicados na
caderneta de poupança para
crédito às empreiteiras. O valor
que for direcionado para o financiamento de construtoras
vai reduzir a parcela de 65%
dos depósitos em poupança
que obrigatoriamente deve ser
aplicada pelos bancos em financiamentos habitacionais.
Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério
da Fazenda, Nelson Barbosa, a
medida é opcional. Os bancos
que não quiserem aderir poderão manter os empréstimos para a compra da casa própria como vinham fazendo. A medida
foi tomada com base na expectativa da Caixa de crescimento
dos depósitos na poupança.
As construtoras que buscarem linhas de capital de giro só
poderão financiar, no máximo,
20% do custo da obra que desejam concluir. Durante o período de construção do empreendimento, de 18 meses em média, a empresa pagará só os juros do empréstimo. Depois, terá 24 meses para quitar o valor
que tomou emprestado.
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