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MERCADO FINANCEIRO
No último dia de pregão deste mês, índice tem alta de 2,63%; bom volume surpreende investidores
Bolsa sobe 3,3% no mês e cai 22,6% no ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dia considerado "acima
das expectativas" pelos investidores, o Ibovespa, índice que mede a
variação dos preços dos 56 papéis
mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou com alta de 2,63%, aos 10.508 pontos.
No mês de novembro, o índice
Ibovespa acumulou alta de 3,3%.
No ano, porém, a rentabilidade
ainda é negativa em 22,6%.
O volume de R$ 413 milhões
surpreendeu positivamente os investidores, por ontem ter sido um
dia praticamente parado no mercado norte-americano devido ao
feriado de Ação de Graças na
quinta-feira.
Segundo o diretor de renda variável do HSBC Brain, Lúcio
Graccho, houve a entrada de novos recursos na Bolsa, provavelmente devido à realocação de investimentos. Além disso, o término do mês costuma ser dia de alta,
em que os investidores tendem a
"defender seus papéis" para melhorar o desempenho dos investimentos.
A queda do risco-país e a melhora das contas externas foram
as justificativas dadas pelos investidores para a alta do índice.
Dentre as dez empresas mais
negociadas no pregão, apenas as
ações PN da Telesp Celular Participações fecharam em queda, de
0,77%.
A Telemar provocou a disparada no preço de seus papéis após
anunciar a aprovação da compra
da Pegasus Telecom. As preferenciais (sem direito a voto) subiram
4,07% e as ordinárias, 5,9%.
As maiores altas do Ibovespa foram Brasil Telecom Participações
ON (8,2%), Tele Celular Sul PN
(6,1%) e Brasil Telecom Participações PN e Aracruz PNB (6%).
As ações que mais caíram foram
Net PN (5%), Ipiranga Petróleo
PN (2,9%) e Tele Leste Celular PN
(2,3%).
Juros em alta
A alta da inflação continua a
preocupar os investidores. O rumor de que o Copom (Comitê de
Política Monetária do Banco Central) poderia convocar uma reunião extraordinária para aumentar a Selic (taxa básica de juros)
fez com que os contratos de DI
(que consideram os juros interbancários) mais curtos, com vencimento em janeiro, fossem os segundos mais negociados na Bolsa
de Mercadorias & Futuros
(BM&F). Esses contratos foram
negociados com juros de 23,13%,
contra 22,91% no dia anterior.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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