São Paulo, sábado, 30 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

No último dia de pregão deste mês, índice tem alta de 2,63%; bom volume surpreende investidores

Bolsa sobe 3,3% no mês e cai 22,6% no ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um dia considerado "acima das expectativas" pelos investidores, o Ibovespa, índice que mede a variação dos preços dos 56 papéis mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou com alta de 2,63%, aos 10.508 pontos.
No mês de novembro, o índice Ibovespa acumulou alta de 3,3%. No ano, porém, a rentabilidade ainda é negativa em 22,6%.
O volume de R$ 413 milhões surpreendeu positivamente os investidores, por ontem ter sido um dia praticamente parado no mercado norte-americano devido ao feriado de Ação de Graças na quinta-feira.
Segundo o diretor de renda variável do HSBC Brain, Lúcio Graccho, houve a entrada de novos recursos na Bolsa, provavelmente devido à realocação de investimentos. Além disso, o término do mês costuma ser dia de alta, em que os investidores tendem a "defender seus papéis" para melhorar o desempenho dos investimentos.
A queda do risco-país e a melhora das contas externas foram as justificativas dadas pelos investidores para a alta do índice.
Dentre as dez empresas mais negociadas no pregão, apenas as ações PN da Telesp Celular Participações fecharam em queda, de 0,77%.
A Telemar provocou a disparada no preço de seus papéis após anunciar a aprovação da compra da Pegasus Telecom. As preferenciais (sem direito a voto) subiram 4,07% e as ordinárias, 5,9%.
As maiores altas do Ibovespa foram Brasil Telecom Participações ON (8,2%), Tele Celular Sul PN (6,1%) e Brasil Telecom Participações PN e Aracruz PNB (6%).
As ações que mais caíram foram Net PN (5%), Ipiranga Petróleo PN (2,9%) e Tele Leste Celular PN (2,3%).

Juros em alta
A alta da inflação continua a preocupar os investidores. O rumor de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) poderia convocar uma reunião extraordinária para aumentar a Selic (taxa básica de juros) fez com que os contratos de DI (que consideram os juros interbancários) mais curtos, com vencimento em janeiro, fossem os segundos mais negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Esses contratos foram negociados com juros de 23,13%, contra 22,91% no dia anterior. (GEORGIA CARAPETKOV)


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