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Rússia pretende conter capital especulativo
Brasil, Coreia do Sul e Taiwan já adotaram medidas para frear fluxo de entrada de dinheiro estrangeiro
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro russo,
Vladimir Putin, afirmou que o
governo pretende conter a entrada de capital especulativo
estrangeiro. A chegada de dinheiro do exterior tem provocado a valorização da moeda local, o rublo, prejudicando as exportações russas, repetindo o
movimento que ocorre em outros emergentes, como o Brasil.
"Precisamos corrigir as regras para que se torne menos
interessante para o capital estrangeiro vir correndo para a
Rússia", disse Putin, que, no
entanto, descartou controle
mais duro, como vem sendo
discutido por setores do governo. "Não haverá revoluções."
O primeiro-ministro não deu
mais detalhes sobre os planos
do governo, mas garantiu que
as medidas serão graduais.
Afirmou ainda que, aos poucos,
o país vai adotar o regime de livre flutuação do rublo, o que,
segundo ele, também vai ajudar
a frear o capital especulativo.
"À medida que a economia se
diversificar, passaremos por
uma transição para a livre flutuação." Porém, ele disse que a
economia russa é muito dependente de commodities como
petróleo e gás natural e ainda
não está pronta para essa mudança, repetindo crítica do presidente Dmitri Medvedev.
Segundo autoridades do
Kremlim, as medidas russas
não devem seguir o exemplo
brasileiro. O Brasil foi o primeiro país emergente a tomar
ações para frear o fluxo de capital externo ao, em outubro, determinar o pagamento de 2%
de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para recursos vindos de fora aplicados na
Bolsa de Valores ou em instrumentos de renda fixa.
Desde então, países como
Coreia do Sul e Taiwan também tomaram medidas para
barrar o capital especulativo.
Apesar dos repetidos cortes
nos juros pelo banco central, a
taxa na Rússia, de 8,5%, é uma
das mais altas do mundo, o que
atrai investidores estrangeiros.
Essa entrada de capital externo favorece a valorização do
rublo, o que prejudica as exportações e, consequentemente, a
indústria local. Mesmo com as
constantes intervenções do
banco central no mercado de
câmbio, com gastos de dezenas
de bilhões de dólares, o rublo se
valorizou em cerca de 10% desde o começo de setembro.
Com agências internacionais e "Financial Times"
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