São Paulo, quarta, 30 de dezembro de 1998 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice AMÉRICA DO NORTE Rubin afirma que a crise global pode afetar EUA
MARCELO DIEGO de Nova York O secretário do Tesouro dos EUA, Robert Rubin, disse que o país corre o risco de ter sua economia afetada em 1999 por causa da crise global. Para evitar o cenário, ele pediu que o Brasil equilibre rapidamente suas contas e que o Japão trabalhe para restaurar a confiança dos investidores. As opiniões de Rubin foram dadas em uma série de entrevistas concedidas anteontem. Entre outros, ele falou à CNN e ao jornal "USA Today". Para que os EUA não sofram os efeitos de crises em outros mercados, Rubin elegeu Brasil e Japão como parceiros. Do Brasil, pediu para "colocar a casa em ordem". "A implementação da reforma fiscal no Brasil deve ocorrer e acredito que vá acontecer", disse, para completar em seguida: "Mas não temos garantias". "O Japão tem um trabalho sério a fazer, para restaurar a confiança de todos na segunda maior economia do mundo", afirmou. Rubin se mostrou preocupado com novas crises nos mercados. "Há um grande risco de que a economia global poderia ter efeitos negativos nos Estados Unidos." Rubin disse estar um pouco mais otimista nos últimos meses. "Houve um desenvolvimento positivo", afirmou, referindo-se aos programas de ajuda de organismos internacionais ao Brasil e ao Japão. "Acho que fizemos um grande progresso e não vejo razão para a economia mundial não voltar ao caminho do desenvolvimento. Entretanto, ainda há muito o que se fazer", afirmou. Ele estimou que a economia do país deve continuar aliando crescimento sólido (neste ano, o PIB deve aumentar cerca de 4%) e baixa inflação (menos de 2% ao ano). ² Confiança A confiança dos consumidores na economia norte-americana se manteve praticamente inalterada em dezembro. O índice que mede a confiança dos consumidores norte-americanos teve pequena queda e chegou a 126,1 este mês, contra um percentual revisto de 126,4 em novembro. Apesar da pequena queda, o índice permanece acima do nível de 125 pontos em 18 dos últimos 20 meses. Analistas atribuem o alto índice de confiança dos consumidores norte-americanos aos baixos níveis de desemprego e inflação. "Os consumidores continuam relativamente otimistas em relação à economia", afirma Lynn Franco, economista do Conference Board, que realiza a pesquisa. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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