São Paulo, quarta, 30 de dezembro de 1998

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AMÉRICA DO NORTE

Rubin afirma que a crise global pode afetar EUA

"Clarín" - 5.mai.98
allieto Guadagni, secretário de Indústria e Comércio da Argentina, que divulgou os dados da economia do país


MARCELO DIEGO
de Nova York

O secretário do Tesouro dos EUA, Robert Rubin, disse que o país corre o risco de ter sua economia afetada em 1999 por causa da crise global. Para evitar o cenário, ele pediu que o Brasil equilibre rapidamente suas contas e que o Japão trabalhe para restaurar a confiança dos investidores.
As opiniões de Rubin foram dadas em uma série de entrevistas concedidas anteontem. Entre outros, ele falou à CNN e ao jornal "USA Today".
Para que os EUA não sofram os efeitos de crises em outros mercados, Rubin elegeu Brasil e Japão como parceiros. Do Brasil, pediu para "colocar a casa em ordem".
"A implementação da reforma fiscal no Brasil deve ocorrer e acredito que vá acontecer", disse, para completar em seguida: "Mas não temos garantias".
"O Japão tem um trabalho sério a fazer, para restaurar a confiança de todos na segunda maior economia do mundo", afirmou.
Rubin se mostrou preocupado com novas crises nos mercados. "Há um grande risco de que a economia global poderia ter efeitos negativos nos Estados Unidos."
Rubin disse estar um pouco mais otimista nos últimos meses. "Houve um desenvolvimento positivo", afirmou, referindo-se aos programas de ajuda de organismos internacionais ao Brasil e ao Japão.
"Acho que fizemos um grande progresso e não vejo razão para a economia mundial não voltar ao caminho do desenvolvimento. Entretanto, ainda há muito o que se fazer", afirmou.
Ele estimou que a economia do país deve continuar aliando crescimento sólido (neste ano, o PIB deve aumentar cerca de 4%) e baixa inflação (menos de 2% ao ano).
² Confiança
A confiança dos consumidores na economia norte-americana se manteve praticamente inalterada em dezembro.
O índice que mede a confiança dos consumidores norte-americanos teve pequena queda e chegou a 126,1 este mês, contra um percentual revisto de 126,4 em novembro. Apesar da pequena queda, o índice permanece acima do nível de 125 pontos em 18 dos últimos 20 meses.
Analistas atribuem o alto índice de confiança dos consumidores norte-americanos aos baixos níveis de desemprego e inflação.
"Os consumidores continuam relativamente otimistas em relação à economia", afirma Lynn Franco, economista do Conference Board, que realiza a pesquisa.



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