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SAIBA MAIS
Juros engordam lucro de bancos e fundos de pensão
DA REPORTAGEM LOCAL
A manutenção de juros em
níveis elevados torna os papéis
da dívida pública uma opção
de investimento atraente.
É quase impossível mensurar, segundo o economista
Raul Velloso, como estão espalhados esses papéis no mercado. Mas sabe-se quem são os
maiores detentores. Primeiro
os fundos de pensão, com seus
ativos de R$ 200 bilhões, liderados pelos fundos das estatais
-Previ (Banco do Brasil),
Funcef (Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras). As
próprias estatais têm títulos
públicos em suas carteiras, assim como as grandes empresas
privadas.
Da mesma forma, é bastante
generosa a montanha de papéis
públicos nos bancos (nas contas de tesouraria e de intermediação financeira) e entre os investidores de curto prazo.
A maior parte dos títulos públicos é atrelada à variação da
taxa básica de juros (Selic, hoje
em 16,5% anuais). Esses títulos
correspondiam, em dezembro,
a 61,4% da dívida pública. Isso
significa que, quando o BC sobe a Selic, sua dívida aumenta.
Os atrelados a índices de preço
correspondiam a 13,6%, e
10,8% dos papéis seguiam a variação do câmbio.
O governo federal é o que
mais arca com os encargos da
dívida pública. Segundo levantamento da Global Invest, o governo federal e o Banco Central
respondem por 69,5% dos encargos (juros nominais) da dívida pública. Os governos estaduais e municipais ficam com
28,1% da conta, e o restante
(2,4%), com as estatais.
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