São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SAIBA MAIS

Juros engordam lucro de bancos e fundos de pensão

DA REPORTAGEM LOCAL

A manutenção de juros em níveis elevados torna os papéis da dívida pública uma opção de investimento atraente.
É quase impossível mensurar, segundo o economista Raul Velloso, como estão espalhados esses papéis no mercado. Mas sabe-se quem são os maiores detentores. Primeiro os fundos de pensão, com seus ativos de R$ 200 bilhões, liderados pelos fundos das estatais -Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica Federal) e Petros (Petrobras). As próprias estatais têm títulos públicos em suas carteiras, assim como as grandes empresas privadas.
Da mesma forma, é bastante generosa a montanha de papéis públicos nos bancos (nas contas de tesouraria e de intermediação financeira) e entre os investidores de curto prazo.
A maior parte dos títulos públicos é atrelada à variação da taxa básica de juros (Selic, hoje em 16,5% anuais). Esses títulos correspondiam, em dezembro, a 61,4% da dívida pública. Isso significa que, quando o BC sobe a Selic, sua dívida aumenta. Os atrelados a índices de preço correspondiam a 13,6%, e 10,8% dos papéis seguiam a variação do câmbio.
O governo federal é o que mais arca com os encargos da dívida pública. Segundo levantamento da Global Invest, o governo federal e o Banco Central respondem por 69,5% dos encargos (juros nominais) da dívida pública. Os governos estaduais e municipais ficam com 28,1% da conta, e o restante (2,4%), com as estatais.


Texto Anterior: País gasta 81 Fome Zero em juros
Próximo Texto: Governo investe só 46% do previsto durante 2003
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.