JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ALUMÍNIO (SP)

Antônio Ermírio de Moraes, presidente do grupo Votorantim, criticou ontem os governadores que condicionam o apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ao atendimento de reivindicações.
"É uma desculpa para não se fazer nada. Faz uma enorme reivindicação e aí diz: "Eu falei, mas não fiz porque o governo não deu". Tem que dar o exemplo, acreditar e fazer."
Ele avalia que há exagero nos pleitos. "As necessidades, se for analisar, são quase absurdas."
Os comentários foram feitos na inauguração de uma nova área na planta da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), do grupo Votorantim, em Alumínio (72 km de São Paulo).
Ermírio reiterou apoio ao PAC, mas fez uma ressalva: "Basta, naturalmente, fazer com que não se torne um excesso de endividamento".
O empresário afirmou não acreditar que o país pode sofrer um apagão caso as metas pretendidas pelo governo com o PAC sejam alcançadas. "Cabe às autoridades governamentais tomar a iniciativa e liberar o mais depressa possível, de maneira responsável, a construção de novas usinas."


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