|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Procuradoria pode intervir na empresa
da Sucursal de Brasília
A Procuradoria Geral do
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) poderá intervir na AmBev se constatar que a empresa está criando obstáculos para o cumprimento das
determinações fixada para
aprovar a fusão da Brahma
com a Antarctica.
A informação foi dada ontem pelo presidente do Cade, Gesner Oliveira. Ele disse
que há cerca de 10 grupos interessados em adquirir a Bavaria, sendo 5 ou 6 internacionais.
Segundo ele, as condições
de venda da Bavaria equivalem a um "tapete vermelho
para empresas internacionais". Isso porque, além de
obter uma marca conhecida
e fábricas nas cinco regiões
do país, o comprador poderá usufruir do sistema de
distribuição da própria AmBev por quatro anos.
"O maior entrave para
uma empresa estrangeira
entrar no país é a rede de distribuição. Com a garantia de
acesso, tenho certeza de que
não faltarão interessados."
O presidente do Cade estimou que, em quatro anos, o
eventual novo grupo competidor pode abocanhar até
20% do mercado de cervejas. Atualmente, a Bavaria
domina cerca de 5% das
vendas, afirmou.
As cinco fábricas que a
AmBev terá de vender para
outro grupo respondem por
cerca de 15% da produção
atual da empresa.
O eventual novo grupo
não poderá comprar menos
fábricas. "É um pacote", afirmou Oliveira, que admitiu a
possibilidade de "ajustes" se,
depois da compra, o grupo
decidir fechar uma ou mais
das cinco fábricas.
Já a AmBev não poderá fechar fábricas nos próximos
quatro anos. As fábricas que
não forem do interesse da
empresa terão de ser vendidas a concorrentes.
A própria AmBev decidirá
se as redes de distribuição da
Brahma e da Antarctica serão mantidas separadamente ou fundidas -a decisão
do Cade não estabelece nenhuma regra a esse respeito.
Texto Anterior: Cervejas: Cade ainda pode desfazer a AmBev Próximo Texto: Para pequenos, ter a Bavaria é "sonho" Índice
|