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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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Exportadores já firmados serão vedetes de novo

DA REPORTAGEM LOCAL

As indústrias que exportam e estão preparadas para ampliar suas vendas no exterior e as companhias que são capazes de substituir produtos importados devem se dar bem neste ano.
São os fabricantes de celulose, de carnes e frango, além das empresas que exportam as commodities, como soja, milho, suco de laranja, açúcar e café. Algumas indústrias calçadistas e têxteis também podem fazer parte da lista.
"Essas empresas estão bem e não é de hoje, pois já fizeram um trabalho para ter um mercado cativo no exterior", afirma Clarice Messer, diretora da Fiesp.
A indústria de celulose se preparou para produzir e exportar mais neste ano. A expectativa dos fabricantes é aumentar em 12,3% a produção e em 30% a exportação de celulose neste ano na comparação com o ano passado.
Boris Tabacof, presidente do conselho deliberativo da Bracelpa, informa que a Aracruz, por exemplo, vai aumentar em 800 mil toneladas a produção de celulose neste ano. O grupo Votorantim e a Cia. Suzano também vão aumentar a oferta de celulose.
"As exportações de celulose crescerão mais do que a produção porque os preços no mercado internacional estão atraentes", afirma Tabacof. A previsão do setor é exportar 4,5 milhões de toneladas de celulose neste ano. No ano passado, foram vendidos 3,45 milhões de toneladas.
A indústria de madeiras e de móveis também poderá ser beneficiada. "O preço da madeira brasileira está competitivo no exterior. Vão se salvar mesmo as empresas voltadas para o mercado internacional", diz Fábio Silveira, economista da MB Associados.
As indústrias brasileiras que têm mercado cativo lá fora -isto é, que fizeram um trabalho mais intenso de conquista de mercados e não deixaram de atender aos clientes estrangeiros mesmo quando o mercado interno estava mais comprador- podem superar até mesmo uma eventual crise mundial provocada pela guerra entre Estados Unidos e Iraque.
O que pode prejudicar essas empresas, diz Clarice, é o estabelecimento de cotas de importação por parte dos países clientes e a incapacidade de atender a eventual aumento de pedido. (FF)

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