São Paulo, terça-feira, 31 de março de 2009

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Defesa de dona da Daslu pede esclarecimento sobre sentença

DA REPORTAGEM LOCAL

A defesa de Eliana Tranchesi, dona da Daslu, entrou ontem com embargos contra a sentença, um instrumento jurídico dirigido à juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, para pedir esclarecimentos sobre contradições, omissões e obscuridades na sentença que a condenou a 94 anos e seis meses de prisão.
Na sentença de primeira instância (cabe recurso ao Tribunal Regional Federal), são condenados Tranchesi, seu irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque, ex-diretor da loja, Celso de Lima, dona da importadora Multimport, e outros quatro donos de importadoras.
"A juíza ignorou as teses da defesa. A sentença apresenta também várias contradições. Cita, por exemplo, que Eliana é uma "delinquente contumaz", mas ao mesmo tempo ressalta que ela não tem antecedentes e reconhece que é uma ré primária", diz Joyce Roysen, advogada de Tranchesi.
Outro ponto a ser esclarecido, segundo diz, é que a juíza cita a formação de "várias quadrilhas compostas por três pessoas". Mas, pela definição legal, uma quadrilha é formada por mais de três pessoas. Ainda segundo a advogada, a juíza cita mais de 20 vezes que os réus são parte de uma organização criminosa, "sem explicar a definição de organização criminosa e sua relação com os autos".
Segundo advogados consultados, ao entrar com embargos, a defesa ganha tempo para preparar a apelação contra a sentença. Tranchesi, seu irmão e Lima foram presos na quinta-feira e libertados 35 horas depois, quando o TRF e o Superior Tribunal de Justiça concederam liminares libertando-os. (CLAUDIA ROLLI E FÁTIMA FERNANDES)

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