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"Pediram que eu me afastasse", diz executivo
DE NOVA YORK
"Pediram que eu me afastasse, e foi o que eu fiz." Dessa forma Richard Wagoner, 56, explicou sua saída do controle da
GM, após mais de três décadas
em diversos cargos. Ele havia se
tornado presidente-executivo
em 2000 e desde 2003 também
presidia o conselho diretor.
Ele não deverá ser desligado
imediatamente. Provavelmente continuará a receber salário
anual de US$ 1 (parte de acordo
com o governo), porque, se sair,
terá direito a um pacote de aposentadoria que pode ultrapassar US$ 20 milhões.
Frederick "Fritz" Henderson, o chefe de operações da
companhia, assumirá como
presidente-executivo. Kent
Kresa, ex-diretor da Northrop
Grumman (prestadora de serviços para Defesa), foi nomeado líder interino e não executivo do conselho diretor da GM,
que deverá substituir a metade
de seus integrantes em abril.
Wagoner começou a carreira
na GM como analista financeiro, após se formar em negócios
na Universidade Harvard em
1977. Nas duas décadas seguintes, trabalhou na Europa e presidiu a subsidiária no Brasil.
Para críticos, sob a liderança
dele, a GM se concentrou em
camionetes e utilitários enquanto concorrentes estrangeiras tinham carros menores e
com maior eficiência de combustível. Entre 2004 e o ano
passado, a empresa perdeu
mais de US$ 82 bilhões. O preço das ações caiu de US$ 35 há
três anos para US$ 2,70 ontem.
Para defensores, porém, Wagoner está sendo usado como
bode expiatório. Ele teria sido
importante na negociação de
contratos com o sindicato
UAW que posicionaram melhor a empresa para o futuro.
Gary Burtless, analista sênior
do Instituto Brookings, sugeriu
que o afastamento pode se dever à forte resistência de Wagoner ao processo de falência.
(AM)
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