DA REDAÇÃO

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, ameaça deixar a reunião do G20 -que começa depois de amanhã- caso não sejam adotadas medidas para regular mais fortemente o sistema financeiro.
O vice-chefe de gabinete francês, Xavier Musca, disse que o governo não vai aceitar um encontro que não produza compromissos. Segundo ele, é melhor um "fracasso" do que um "falso sucesso, cheio de declarações generosas e sem consequências".
A saída do presidente da sexta maior economia mundial colocaria em dúvida o sucesso da reunião na qual o presidente dos EUA, Barack Obama, e o anfitrião, o premiê britânico, Gordon Brown, estão depositando grandes esperanças.
Mesmo com a ameaça de Sarkozy, no momento, é pouco provável que a sua ideia vá adiante. O dirigente francês quer a criação de um regulador global para o sistema financeiro, proposta que já foi criticada por governos como o americano, o britânico e o alemão. A proposta que parece que vai vingar é a de que os reguladores de cada país deverão cooperar mais entre si.
O presidente francês, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, também já se mostrou contrário à adoção de novos pacotes de estímulo para tentar amenizar os efeitos da crise -ideia que tem sido defendida por Obama.