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"Equipe" de
Chávez atuou
em negociação
DO ENVIADO A LA PAZ
Ao longo da última semana, os representantes da Petrobras e de outras empresas
negociaram os aspectos legais do acordo firmado com a
estatal boliviana YPFB através de dois advogados americanos do escritório Curtis,
Mallet-Prevost, Colt & Mosle, com sede em Nova York.
Um desses advogados, George Kahale, foi o representante legal da PDVSA durante a
negociação de novos contratos entre a estatal venezuelana e 31 empresas multinacionais, no final do ano passado.
A informação, confirmada
à Folha por dois participantes das reuniões na semana
passada, foi negada veementemente pela YPFB. Segundo a estatal boliviana, só participou da reunião uma equipe de técnicos bolivianos
apresentada formalmente ao
presidente Evo Morales.
"A equipe técnica são todos jovens bolivianos, apresentados ao presidente da
República", disse um alto
funcionário da YPFB. "Nenhum estrangeiro participou da negociação." O alto
funcionário, do gabinete do
presidente da YPFB, Juan
Carlos Ortiz, disse que não
conhece Kahale.
Em discurso na sexta-feira
durante, as primeiras assinaturas com as empresas Total
e Vintage, Morales disse que,
diferentemente do governo
Gonzalo Sánchez de Lozada,
não gastou em contratações
com consultorias estrangeiras. Segundo ele, Sánchez de
Lozada pagou US$ 26 milhões nos anos 90 para fazer
os acordos com as empresas
anulados e substituídos pelos da semana passada.
A Folha ligou para o escritório de Kahale e enviou um
e-mail solicitando detalhes,
mas não obteve resposta. De
acordo com a publicação
"The American Lawyer", Kahale e seu escritório estiveram envolvidos nas negociações com a PDVSA e as petroleiras na Venezuela. Das
31, apenas 2, a Eni e a Total,
se recusaram a aceitar um
acordo com a Venezuela.
A publicação diz que Kahale faz parte de um crescente número de advogados
americanos que vêm se especializando em disputas entre
multinacionais e governos
latino-americanos.
(FM)
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