DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As aplicações feitas por brasileiros no exterior cresceram 19,8% no ano passado, chegando a US$ 111,741 bilhões no final de 2005. O número inclui investimentos diretos, aplicações no mercado financeiro e depósitos, tanto de empresas como de pessoas físicas, e se referem aos valores que foram efetivamente declarados ao Banco Central.
Esse levantamento é feito pelo BC todos os anos: pessoas e empresas que possuem pelo menos US$ 100 mil no exterior são obrigados a declarar, com detalhes, seus investimentos. Não são incluídas na estatística as reservas em moeda estrangeira mantidas pelo governo.
No final de 2005, segundo o BC, havia 10,7 mil pessoas no Brasil com patrimônio de pelo menos US$ 100 mil no exterior. Nesse universo, o total de aplicações era de US$ 24,336 bilhões -média de cerca de US$ 2,3 milhões por pessoa.
Dos US$ 111,741 bilhões aplicados por brasileiros no exterior, a maior parte -US$ 79,259 bilhões- se referem a investimentos diretos feitos em outros países, ou seja, trata-se de pessoas e empresas que têm participação de pelo menos 10% do capital de companhias instaladas fora do Brasil. Em 2004, esses investimentos somavam US$ 69,196 bilhões.
"Isso é conseqüência da maior integração comercial e financeira do país, que leva as empresas brasileiras a buscar novos mercados externos", diz o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
A maior parte desses investimentos tem como destino as Ilhas Cayman, que, em 2005, possuía aplicações de US$ 26,5 bilhões feitas por brasileiros.
Ainda de acordo com os dados do BC, o setor financeiro é o principal destino dos investimentos brasileiros no exterior: o segmento responde por quase metade do total de aplicações.
Já os depósitos mantidos por brasileiros no exterior tiveram forte aumento, chegando a US$ 17,077 bilhões no final de 2005, mais 63,9% em relação a 2004.


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