São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2006

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VISÃO ESTRANGEIRA

Gasto público e carga fiscal são desafios do 2º mandato de Lula

Para ex-diretor do FMI e economista de associação mundial de bancos, país tem de reduzir despesas para elevar investimento

Para analistas, ambiente econômico no Brasil é mais favorável e segunda fase do governo deve ser melhor em termos de crescimento


FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Representantes de dois dos principais órgãos de pesquisas econômicas dos EUA avaliam que o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será melhor do que o primeiro em termos de crescimento.
Mas os desafios continuam os mesmos: reduzir o peso do gasto público como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) e a carga tributária para ampliar o espaço para mais investimentos, públicos e privados.
Para Michael Mussa, economista do Instituto de Economia Internacional (IIE, na sigla em inglês) e diretor do Departamento de Pesquisas do FMI (Fundo Monetário Internacional) entre 1991 e 2001, "o ambiente econômico do Brasil está em um patamar bem mais favorável hoje".
Mussa afirma que o governo terá "naturalmente" mais espaço para investir por conta da menor despesa com a dívida pública. Os juros, acredita, continuarão a cair.
Já para Ramón Aracena, economista responsável por monitorar o Brasil no Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), que reúne 320 dos maiores bancos e instituições financeiras de 60 países, "o ponto mais importante deve ser a redução e a simplificação da carga tributária".
Ele afirma que o governo deveria montar um plano de longo prazo de diminuição de despesas que funcione como um "sinal claro" para incentivar investimentos privados.
Leia nesta página entrevistas telefônicas à Folha com Mussa e Aracena, de Washington, onde estão sediados o IIE e o IIF.


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