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VISÃO ESTRANGEIRA
Gasto público e carga fiscal são desafios do 2º mandato de Lula
Para ex-diretor do FMI e economista de associação mundial de bancos, país tem de reduzir despesas para elevar investimento
Para analistas, ambiente econômico no Brasil é mais favorável e segunda fase do
governo deve ser melhor em termos de crescimento
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Representantes de dois dos
principais órgãos de pesquisas
econômicas dos EUA avaliam
que o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será melhor do que o primeiro em termos de crescimento.
Mas os desafios continuam
os mesmos: reduzir o peso do
gasto público como proporção
do PIB (Produto Interno Bruto) e a carga tributária para ampliar o espaço para mais investimentos, públicos e privados.
Para Michael Mussa, economista do Instituto de Economia Internacional (IIE, na sigla
em inglês) e diretor do Departamento de Pesquisas do FMI
(Fundo Monetário Internacional) entre 1991 e 2001, "o ambiente econômico do Brasil está em um patamar bem mais favorável hoje".
Mussa afirma que o governo
terá "naturalmente" mais espaço para investir por conta da
menor despesa com a dívida
pública. Os juros, acredita, continuarão a cair.
Já para Ramón Aracena, economista responsável por monitorar o Brasil no Instituto de
Finanças Internacionais (IIF,
na sigla em inglês), que reúne
320 dos maiores bancos e instituições financeiras de 60 países, "o ponto mais importante
deve ser a redução e a simplificação da carga tributária".
Ele afirma que o governo deveria montar um plano de longo prazo de diminuição de despesas que funcione como um
"sinal claro" para incentivar investimentos privados.
Leia nesta página entrevistas
telefônicas à Folha com Mussa
e Aracena, de Washington, onde estão sediados o IIE e o IIF.
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