São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2006 |
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Queda dos juros deve aumentar espaço para os investimentos, afirma ex-FMI
FOLHA - O sr. acredita em crescimento a taxas mais rápidas no segundo mandato de Lula? MICHAEL MUSSA - É importante compreender que o ambiente econômico do Brasil está em um patamar bem mais favorável hoje. A inflação está sob controle, e a credibilidade do Banco Central está bem estabelecida. Isso dá ao país condições de reduzir ainda mais os juros, mas desde que não se adote uma posição muito agressiva. As taxas de juro elevadas foram um impeditivo ao crescimento mais forte no primeiro mandato de Lula. Isso não deve se repetir no segundo. Há ainda o câmbio. O real se recuperou firmemente da situação pré-primeiro mandato, e essa apreciação, até por conta dos juros elevados, acabou brecando o fôlego do setor exportador. Não creio que essa apreciação continue nos próximos meses, especialmente se os juros continuarem caindo. Portanto, juros menores e um real menos valorizado devem ser fatores positivos em termos de crescimento no segundo mandato. FOLHA - Como o sr. avalia a discussão sobre a necessidade de cortar
gastos para elevar o investimento
público?
FOLHA - O sr. parece estar otimista
com o Brasil. Não há o risco de uma
desaceleração nos EUA, que cause
impactos aqui embaixo?
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