DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mesmo com a piora no resultado fiscal de novembro, a dívida pública continuou em queda e atingiu o menor patamar em dez anos. No final do mês passado, o endividamento sob responsabilidade do governo federal, Estados, municípios e estatais somava R$ 1,047 trilhão. Esse valor corresponde a 34,9% do PIB, o menor percentual desde maio de 1998.
No final de 2007, a relação entre dívida e PIB estava em 42%. A queda ocorrida até agosto refletia, principalmente, o aperto fiscal conduzido pelo setor público, especialmente pelo governo federal. Desde o agravamento da crise financeira, o fator de maior peso nesse recuo foi a disparada do dólar.
A desvalorização do real ajuda a reduzir a dívida pública por causa das elevadas reservas em moeda estrangeiras acumuladas pelo Banco Central. Mais de 90% dessas reservas estão aplicadas em dólar e, de setembro para cá, tiveram forte valorização.
Entre setembro e novembro, a desvalorização do real respondeu por uma queda de R$ 117,4 bilhões no endividamento. Já a contribuição dada pelo superávit primário foi de R$ 26,4 bilhões.


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