São Paulo, domingo, 02 de julho de 2006

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"Cheguei a recolher 3 kg de pedras"

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Durante cinco anos, o técnico para assuntos administrativos C.G.S., 53, conviveu com o "mobbing". Funcionário da USP há 32 anos, ele diz ter sofrido assédio moral de seu diretor e de colegas.
Após uma discordância sobre atividades de subordinados, diz ele, a perseguição começou. O diretor mudou suas funções de chefia e dizia que ele era incapaz. Alguns colegas aderiram. "Mandavam bilhetes com xingamentos, deixavam lixo na porta. Recolhi três quilos de pedra que jogavam na janela", diz. "Viram que eu estava isolado, inseguro, e começaram a atacar."
Ele conta que sofreu de pressão alta e de gastrite. Uma crise de hipertensão o afastou por um ano e quatro meses. O sindicato comprou a briga, o assediador foi transferido e o técnico se sente "um pouco melhor". Mas a desconfiança existe: as pedras ainda aparecem.


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