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Plano para minimizar o erro pode evitar dispensa
Especialistas sugerem pedir auxílio ao gestor para reverter os prejuízos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mesmo quando o erro é cometido involuntariamente,
admiti-lo e justificar-se nem
sempre é o suficiente para
evitar danos à reputação do
profissional na empresa.
É preciso encontrar formas
de reverter a situação ou de
minimizar o prejuízo financeiro, indicam especialistas.
"Nenhuma empresa quer
um funcionário que não saiba lidar com as consequências de suas atitudes", sentencia Luiz Carlos Cabrera,
professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
Uma opção é chegar com
um plano para resolver o erro. Mas, como nem sempre as
soluções são tão claras, é
possível "pedir auxílio para o
gestor e consertar o problema", sinaliza o diretor do
portal de vagas Trabalhando.com Renato Grinberg.
A consultora Carla Panisset, da empresa de treinamento Dale Carnegie, concorda. Segundo ela, é preciso
dar atenção especial à solução daqueles que impactam
"o bolso da companhia".
Em muitas ocasiões, é possível contornar a situação
sem que haja demissão.
Em uma pesquisa com 943
gestores em 2009, só 12
disseram aplicar ações punitivas ou restritivas quando um subordinado comete um deslize no trabalho.
A maioria afirma não tomar medidas contra ele.
O levantamento, realizado pela consultoria de
RH Grupo Foco, indica
ainda que os erros considerados mais graves são
os que atentam contra a
ética -como mentir, divulgar informações sigilosas e não obedecer às regras- e os que afetam gravemente o desempenho financeiro da companhia (roubos, fraudes ou atraso na entrega de projetos).
DEMISSÃO
Em alguns casos, contudo,
é preciso atualizar o currículo -e preparar-se para buscar uma recolocação no mercado de trabalho.
A diretora do Grupo Peralta, do ramo de turismo, Marília Rabelo, 44, demitiu uma
funcionária do departamento financeiro que não viu um
gasto mensal de R$ 1.000 em
combustível. A média é de
R$ 200 por mês, diz ela.
"Não tive outra escolha a
não ser punir [a colaboradora] com uma demissão", pontua Rabelo. O motorista, segundo a diretora, admitiu
que usava o cartão da empresa para outros gastos. Também foi dispensado.
Há dois meses, houve nova demissão na empresa.
Dessa vez, de um instrutor de
acampamento que apelidava
as crianças com termos como
"gordinho". A orientação é
chamá-las pelo nome.
"Os pais reclamavam. E,
quando o assunto é cliente,
não podemos desapontá-lo."
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