S?o Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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Plano para minimizar o erro pode evitar dispensa

Especialistas sugerem pedir auxílio ao gestor para reverter os prejuízos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mesmo quando o erro é cometido involuntariamente, admiti-lo e justificar-se nem sempre é o suficiente para evitar danos à reputação do profissional na empresa.
É preciso encontrar formas de reverter a situação ou de minimizar o prejuízo financeiro, indicam especialistas.
"Nenhuma empresa quer um funcionário que não saiba lidar com as consequências de suas atitudes", sentencia Luiz Carlos Cabrera, professor da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
Uma opção é chegar com um plano para resolver o erro. Mas, como nem sempre as soluções são tão claras, é possível "pedir auxílio para o gestor e consertar o problema", sinaliza o diretor do portal de vagas Trabalhando.com Renato Grinberg.
A consultora Carla Panisset, da empresa de treinamento Dale Carnegie, concorda. Segundo ela, é preciso dar atenção especial à solução daqueles que impactam "o bolso da companhia".
Em muitas ocasiões, é possível contornar a situação sem que haja demissão. Em uma pesquisa com 943 gestores em 2009, só 12 disseram aplicar ações punitivas ou restritivas quando um subordinado comete um deslize no trabalho. A maioria afirma não tomar medidas contra ele.
O levantamento, realizado pela consultoria de RH Grupo Foco, indica ainda que os erros considerados mais graves são os que atentam contra a ética -como mentir, divulgar informações sigilosas e não obedecer às regras- e os que afetam gravemente o desempenho financeiro da companhia (roubos, fraudes ou atraso na entrega de projetos).

DEMISSÃO
Em alguns casos, contudo, é preciso atualizar o currículo -e preparar-se para buscar uma recolocação no mercado de trabalho.
A diretora do Grupo Peralta, do ramo de turismo, Marília Rabelo, 44, demitiu uma funcionária do departamento financeiro que não viu um gasto mensal de R$ 1.000 em combustível. A média é de R$ 200 por mês, diz ela.
"Não tive outra escolha a não ser punir [a colaboradora] com uma demissão", pontua Rabelo. O motorista, segundo a diretora, admitiu que usava o cartão da empresa para outros gastos. Também foi dispensado.
Há dois meses, houve nova demissão na empresa. Dessa vez, de um instrutor de acampamento que apelidava as crianças com termos como "gordinho". A orientação é chamá-las pelo nome.
"Os pais reclamavam. E, quando o assunto é cliente, não podemos desapontá-lo."


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