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Supere a troca infeliz de emprego
FLORA CONSENTINO
free-lance para a Folha
Se você mudou de emprego e vive dizendo "eu era feliz e não sabia", não se desespere. Não são
raros os casos de profissionais
que acabam se decepcionando ao
aceitar uma proposta de trabalho
aparentemente tentadora.
Em certos casos, a escolha errada pode ser fruto de uma atitude
impulsiva ou da insatisfação no
atual emprego. Mas, em outros, a
decepção surge mesmo que o
profissional tenha feito uma escolha pensada e repensada.
Caso conclua que o novo trabalho ou a nova empresa não era tudo aquilo que imaginava, saiba
que voltar para o antigo emprego
não é impossível, desde que seja
visto como um bom profissional e
tenha deixado as portas abertas.
Segundo a consultora Ana Maria Cadavez, da KPMG, o mercado não encara esse comportamento de forma tão negativa.
Por isso recomenda nunca falar
mal da antiga empresa. "Aproveite o contato com ex-colegas para
falar aos poucos de seu descontentamento. Não peça direto a vaga de volta. Evite também ficar
sempre chorando as mágoas."
Racionalmente
Mas as opiniões divergem entre
os consultores. Thomas Case, do
Grupo Catho, afirma que a estabilidade conta pontos no currículo e
que o profissional que mudou de
trabalho e se arrependeu "tem
por obrigação" fazer com que o
novo emprego dê certo.
"Esqueça o antigo e faça de tudo
para permanecer e ter sucesso
porque outra mudança vai custar
muito em sua carreira", afirma.
Marcelo Mariaca, da Mariaca &
Associates, concorda: "Em cargos
de confiança, o retorno é impossível. Antes de trocar de emprego, o
candidato deve investigar a empresa para não se arrepender".
Sandra Moreira, da Manager
Assessoria em Recursos Humanos, orienta: "Por pior que seja a
experiência no novo emprego, o
profissional deve dar um tempo.
Nunca deve pedir demissão e ir
para o mercado sozinho. Agir racionalmente é a melhor saída."
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