free-lance para a Folha

Nem todos desistem logo de cara quando o novo emprego frustra as expectativas. Às vezes, a decepção inicial pode ser revertida.
P.G.L.J. (prefere omitir o nome), 35, conta que era gerente de uma empresa do setor automobilístico e que, após 15 anos, percebeu que não havia mais perspectivas de ascensão por lá.
Como o cargo gerencial era o máximo que a empresa poderia oferecer, buscou um "headhunter" (caçador de talentos) e, após inúmeras negociações, decidiu mudar de emprego.
Segundo ele, a nova empresa, também do setor automobilístico, acenava com novas possibilidades de crescimento por ser maior.
Apesar do entusiasmo, P.G.L.J. decepcionou-se logo no primeiro momento. "Eu me senti um peixe fora d'água. Antes, tinha acesso à presidência com mais facilidade. Hoje é impossível", avalia.
P.G.L.J. diz que chegou a se arrepender da troca, mas resolveu ficar. "Hoje estou mais motivado do que nos primeiros quatro meses, estou me adaptando", diz o executivo, que ocupa uma função gerencial há cerca de um ano.


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